segunda-feira, 15 de abril de 2019

Latino-americanos batem recorde de pedidos de asilo na UE desde 2014

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A União Europeia (UE) registrou, em fevereiro, um "recorde" de pedidos de asilo da América Latina desde 2014, especialmente de venezuelanos, os quais se tornaram a segunda nacionalidade, atrás dos sírios - informou o Escritório Europeu de Apoio ao Asilo (EASO) nesta segunda-feira.
"Em fevereiro de 2019, foram apresentados cerca de 57.000 pedidos de proteção internacional" nos países da UE, assim como na Noruega e na Suíça, anunciou o EASO em um comunicado, um aumento de cerca de 11.000 em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Com 5.393 pedidos, os sírios se mantêm como a primeira nacionalidade a pedir proteção na UE em fevereiro, seguidos dos venezuelanos (3.995), afegãos (3.608), iraquianos (3.071) e nigerianos (2.461).
"A Venezuela se tornou o segundo país de origem dos solicitantes", detalha o escritório europeu, acrescentando que a taxa de aceitação dos pedidos de proteção, no caso dos venezuelanos, foi de 48% nos últimos seis meses.
Além dos venezuelanos, o EASO destaca um "número recorde" de pedidos de cidadãos da região da América Latina em fevereiro desde 2014, quando esta agência começou a coletar esses dados, disse seu porta-voz, Anis Cassar, à AFP.
Além dos venezuelanos, 1.937 cidadãos da Colômbia pediram proteção em fevereiro, seguidos de 731 de El Salvador; 616, da Nicarágua; 592, de Honduras; 351, do Haiti; 323, do Peru; 112, de Cuba; e 73, da Guatemala.
"Os pedidos de colombianos alcançaram um recorde em fevereiro (...), mais do que o triplo do número de pedidos em comparação com o ano anterior, e se tornaram a décima nacionalidade mais comum", afirma esta agência.
Em 2018, cerca de 22.000 venezuelanos, cujo país se encontra mergulhado em uma profunda crise política, econômica e humanitária, pediram proteção internacional na UE, principalmente na Espanha.
São os países latino-americanos, porém, que continuam acolhendo a maioria dos 2,7 milhões de venezuelanos que abandonaram o país desde 2015, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para Migrações (OIM).
* AFP
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