sexta-feira, 12 de abril de 2019

CEPAL reduz para 1,3% estimativa de crescimento para América Latina e Caribe em 2019

Porto de Santos, em São Paulo. Foto: Prefeitura de Santos
Porto de Santos, em São Paulo. Foto: Prefeitura de Santos
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) reduziu nesta quinta-feira (11) para 1,3% sua projeção de crescimento para os países da região em 2019, frente à previsão de avanço de 1,7% feita em dezembro de 2018. Para o Brasil, a previsão é de avanço de 1,8% este ano, frente a 2% previstos anteriormente.
De acordo com a CEPAL, as novas estimativas são influenciadas pelo complexo cenário externo e pelas dinâmicas internas observadas nos países da região.
Como nos anos anteriores, a CEPAL projeta uma dinâmica de crescimento cuja intensidade é diferente entre países e sub-regiões, e que responde não somente aos impactos diferenciados do contexto internacional em cada economia, mas, também, ao comportamento dos componentes do gasto — principalmente o consumo e o investimento — que têm seguido padrões diferentes nas economias do norte e do sul.
Segundo a CEPAL, a atividade econômica na América do Sul passará de um crescimento de 0,5% em 2018 para 1,1% em 2019. Por sua vez, a América Central crescerá 3,1% em 2019, com ligeiras revisões para baixo na maioria dos países. Isso é consequência da maior desaceleração esperada para os Estados Unidos este ano, que afeta não somente o comércio, mas também as remessas direcionadas para essa sub-região, entre outros fatores.
A CEPAL acrescenta que, para a América Central, México, República Dominicana, Haiti e Cuba terão crescimento de 2%. Enquanto as economias do Caribe anglófono e de língua holandesa apresentarão igual avanço este ano, próximo à previsão de dezembro.
De acordo com o organismo das Nações Unidas, os principais riscos para o desempenho econômico da região em 2019 continua sendo uma menor taxa de crescimento global, o baixo dinamismo do comércio mundial e as condições financeiras enfrentadas pelas economias emergentes.
Por outro lado, a guerra comercial entre EUA e China ainda não foi solucionada, o que representa um risco não apenas para o comércio global e a taxa de crescimento do mundo a médio prazo, mas também para as próprias condições financeiras que geralmente estão vinculadas à percepção de maior ou menor risco por parte dos agentes.
Os preços das matérias-primas também podem ser negativamente afetados por um aumento das restrições comerciais, acrescenta a CEPAL. Até o momento, espera-se para 2019 uma ligeira queda no nível médio de preços dos produtos básicos (de 5%), sendo os produtos de energia os que apresentariam a maior queda (12%). Mas dada uma piora maior do que o esperado do nível da atividade e do comércio mundial, essa projeção poderia ser revisada para baixo.
Também continua presente a preocupação pela evolução da economia chinesa: espera-se que em 2019 volte novamente a desacelerar, para um crescimento de 6,2%. Finalmente, existem os habituais riscos geopolíticos, aos quais se somam as incertezas ainda vigentes em relação a certos processos com importância não apenas geopolítica, mas também econômica, no âmbito global, como o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.
Informe CEPAL
www.miguelimigrante.blogspot.com

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