quarta-feira, 10 de abril de 2019

5 dados sobre refugiados que você precisa conhecer

Em meio a níveis recordes de deslocamento forçado desde a Segunda Guerra Mundial, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reuniu cinco números sobre a situação de quem teve de deixar suas casas e comunidades para trás.
Em meio a níveis recordes de deslocamento forçado desde a Segunda Guerra Mundial, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reuniu cinco números sobre a situação de quem teve de deixar suas casas e comunidades para trás. Confira:

1. Mais de 68,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas em todo o mundo

Venezuelanos atravessam a fronteira para chegar à Colômbia por uma 'trocha', trilhas enlameadas que atravessam o cerrado, às margens do rio Tákira. Foto: ACNUR/Vincent Tremeau
Venezuelanos atravessam a fronteira para chegar à Colômbia por uma ‘trocha’, trilhas enlameadas que atravessam o cerrado, às margens do rio Tákira. Foto: ACNUR/Vincent Tremeau
Desse contingente, 25,4 milhões de indivíduos cruzaram fronteiras nacionais e receberam o status de refugiados. Outras 40 milhões de pessoas são consideradas internamente deslocadas, isto é, elas tiveram de abandonar o lugar onde viviam, mas não o seu país de origem. Existem ainda 3,1 milhões de indivíduos que são solicitantes de refúgio.

2. O número de refugiados cresceu mais de 50% nos últimos dez anos

Uma família rohingya, recém-chegada de Mianmar, busca segurança em Bangladesh. Mojibur Nur Alam, de 19 anos, Nur Khatun, de 18, Sohil, de quatro, e Saima, de um, abrigam-se no Centro de Trânsito do ACNUR no campo de Kutupalong. Foto: ACNUR/Roger Arnold
Uma família rohingya, recém-chegada de Mianmar, busca segurança em Bangladesh. Mojibur Nur Alam, de 19 anos, Nur Khatun, de 18, Sohil, de quatro, e Saima, de um, abrigam-se no Centro de Trânsito do ACNUR no campo de Kutupalong. Foto: ACNUR/Roger Arnold
Refugiados são pessoas como você, que foram obrigadas a deixar suas casas, sem escolha, por conta de conflitos, perseguições ou violência generalizada. Na maioria das vezes, elas enfrentaram o impossível para sobreviver. Hoje, 85% dos refugiados estão em países em desenvolvimento, tentando reconstruir suas vidas.

3. Mais de metade dos refugiados são crianças

Uma turma de pré-escola do colégio Juhudi, no campo de refugiados de Nyarugusu, na província de Kigoma, oeste da Tanzânia. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
Uma turma de pré-escola do colégio Juhudi, no campo de refugiados de Nyarugusu, na província de Kigoma, oeste da Tanzânia. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
Crianças com menos de 18 anos de idade representam 52% da população refugiada no mundo. Elas podem ter testemunhado ou experimentado violência e, no exílio, estão em risco de abuso, negligência, violência, exploração, tráfico ou recrutamento militar.
Muitas delas vão passar toda a infância longe de casa. Muitas vezes, sozinhas. Algumas só conheceram a vida como refugiadas.

4. Quase 60% de todos os refugiados do mundo vêm apenas de três países

Crianças deslocadas internamente brincam, ouvem histórias e assistem a desenhos animados em um espaço para crianças, criado por equipes móveis do ACNUR na vila de Tal Shair, no norte de Alepo. Foto: ACNUR/Antwan Chnkdji
Crianças deslocadas internamente brincam, ouvem histórias e assistem a desenhos animados em um espaço para crianças, criado por equipes móveis do ACNUR na vila de Tal Shair, no norte de Alepo. Foto: ACNUR/Antwan Chnkdji
Segundo o ACNUR, 57% de todos os refugiados vêm da Síria, Afeganistão e Sudão do Sul.
O povo sírio continua a aguentar o drama da guerra civil. A Síria é o principal ponto de origem de refugiados em nível global.
No entanto, outros países foram palco de grandes deslocamentos ao longo dos últimos cinco anos. São os casos de Burundi, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Iraque, Mianmar, Sudão do Sul, Sudão, Ucrânia e Iêmen.

5. Os três países que mais acolhem refugiados são Turquia, Paquistão e Uganda

A política progressista de refugiados em Uganda é única. O país permite que os refugiados tenham uma vida normal como os cidadãos ugandenses, incluindo liberdade de movimento, direito ao trabalho, acesso à educação e à saúde e alocação de terras para a construção de casas e fazendas. Foto: ACNUR
A política progressista de refugiados em Uganda é única. O país permite que os refugiados tenham uma vida normal como os cidadãos ugandenses, incluindo liberdade de movimento, direito ao trabalho, acesso à educação e à saúde e alocação de terras para a construção de casas e fazendas. Foto: ACNUR
Juntos, eles já receberam 6,3 milhões de pessoas.
Alguns desses países já enfrentavam barreiras substanciais ao desenvolvimento sustentável, o que dificulta a mobilização de recursos suficientes para responder à chegada dos refugiados.
Por mais de meio século, o ACNUR tem ajudado milhões de pessoas a recomeçar suas vidas. Entre elas, estão refugiados, pessoas que voltaram para as suas comunidades de origem, indivíduos sem nacionalidade, deslocados internos e requerentes de asilo. A proteção, abrigo, saúde e educação do ACNUR têm sido cruciais para essas populações.
Onu
www.miguelimigrante.blogspot.com

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