quinta-feira, 19 de julho de 2018

SMASDH apoia África do Coração para realizar a Copa dos Refugiados no Rio de Janeiro



A cidade do Rio de Janeiro será a sede da Copa dos Refugiados 2018 e se prepara para realizar sua primeira edição, a ser realizada entre os dias 4 e 8 de agosto. O tema da Copa é: “Não me julgue antes de me conhecer!”. Participarão do campeonato oito times, a representar os países de origem dos refugiados, que consideram o futebol um meio de integração e interação junto à sociedade carioca e brasileira.
A ONG África do Coração, por intermédio de seu presidente, o congolês Jean Katumba, está a firmar parcerias e apoios para que os jogos se realizem na Cidade Maravilhosa. Katumba tem participado de reuniões e tratativas com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, por intermédio da Subsecretaria de Direitos Humanos, a representante da Prefeitura no Comitê Estadual Intersetorial de Política de Atendimento a Refugiados e Migrantes (CEIPARM), além de contar com o apoio do Gabinete do secretário João Mendes de Jesus.
O evento desportivo e humanitário já foi realizado em Porto Alegre e em São Paulo, sendo que a ideia de evidenciar e dar publicidade à situação dos refugiados no Brasil tomou corpo e forma na Copa de 2014, realizada no Brasil.      
“Ser refugiado não é fácil, porque a pessoa que teve de deixar seu país, por motivos de guerras, endemias, crises econômicas e perseguições políticas, étnicas e religiosas, fica exposta à violência, ao sectarismo, aos preconceitos e à intolerância, somente por ser estrangeira e ter cultura e idioma diferentes” — afirma João Mendes de Jesus.
Preconceitos — O secretário disse que a Copa dos Refugiados conta com seu apoio e dos servidores da Secretaria, além de ressaltar que tratar os refugiados com preconceitos é uma grande injustiça e ignorância por parte daqueles que ainda não compreenderam que os sentimentos, desejos e sonhos humanos são iguais porque universais, pois independentes de etnia, credo ideológico e religioso, origem social e nacionalidade.
Em reunião com os técnicos da Subsecretaria de Direitos Humanos, Jean Katumba disse que o apoio da SMASDH é muito importante, além de também contar com a participação de outros setores da Prefeitura, a exemplo do gabinete do prefeito Marcelo Crivella e dos órgãos e autarquias do município, para que o evento possa ser realizado com sucesso.
O presidente da África do Coração informou aos servidores da SMASDH que entrou em contato com o Flamengo e o Botafogo, além de outros clubes para garantir espaços para os jogos da Copa dos Refugiados, bem como conversou com a Cruz Vermelha-RJ e a Anistia Internacional-RJ, além de tratar do evento com o poder público municipal.
A cooperação do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES), da Cáritas Arquidiocesana, é considerado pelos coordenadores do evento como fundamental para o maior projeto de integração esportiva, que conta com a presença e o protagonismo de migrantes e refugiados, que também são apoiados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Associação Antônio Vieira (ASAV), Associação Buriti de Arte, Cultura e Esporte (ABACE), dentre outros parceiros.
“Colocaremos um brasileiro ou uma brasileira nos times de estrangeiros e refugiados, de forma que eles tentem se comunicar e receber cooperação durante o jogo, já que o futebol é um esporte coletivo, assim como a sociedade é uma imensa coletividade. O propósito é fazer com que o brasileiro em meio a estrangeiros experimente as dificuldades de receber ajuda e se comunicar e com isso imaginar e perceber as dificuldades que os refugiados tem para viver em um país que não é o seu de origem” — afirma Jean Katumba.
Sobrevivência — Outros projetos que fazem parte das ações, tanto da SMASDH quanto da África do Coração é realizar ações que viabilizem o emprego e o estudo dos cidadãos refugiados, já que necessitam sobreviver e garantir o sustento.
Além disso, estão programadas a realização de inúmeras atividades no decorrer dos jogos, como oficinas temáticas, recreativas e programas de integração social de crianças, mulheres e homens em situação de refugiados. Haverá também cine debates, atividades com a participação da rede de ensino, feiras gastronômicas e passeios com crianças refugiadas. 
Secretario de Assistem cia Social e Direitos Humanos 
www.miguelimigrante.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário