O Papa apela a uma política justa para lidar com o problema das migrações. Francisco celebrou esta sexta-feira uma missa para assinalar os cinco anos da sua viagem à Ilha de Lampedusa. Na homília pediu “solidariedade e misericórdia”.
“Perante os desafios migratórios da atualidade, a única resposta sensata é a solidariedade e a misericórdia; uma resposta que não faz demasiados cálculos, mas exige uma divisão equitativa das responsabilidades, uma avaliação honesta e sincera das alternativas e uma gestão prudente”, disse.
O Papa acrescentou ainda que a “política justa é aquela que se coloca ao serviço da pessoa, de todas as pessoas interessadas; que prevê soluções idóneas a garantir a segurança, o respeito pelos direitos e a dignidade de todos; que sabe olhar para o bem do seu país tendo em conta o dos outros países, num mundo cada vez mais interligado”.
A missa, que se realizou na Basília de São Pedro, contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre refugiados e socorristas, alguns dos quais vindos de Espanha, junto ao altar da Cátedra.
Na homília, o Papa dirigiu-se diretamente “aos resgatados”.
“Quero reiterar a minha solidariedade e encorajamento, pois conheço bem as tragédias de que estais a fugir. Peço-vos que continueis a ser testemunhas da esperança num mundo cada vez mais preocupado com o próprio presente, com reduzida visão de futuro e relutante a partilhar, e que elaboreis conjuntamente, no respeito pela cultura e as leis do país de acolhimento, o caminho da integração.”
Depois, houve um momento musical e de evocação dos defuntos, dos sobreviventes e daqueles que os assistem.
No fim da missa, o Papa cumprimentou os presentes, um a um.
A viagem do Papa à ilha italiana de Lampedusa, a primeira do Pontificado, no dia 8 de julho de 2013, evocou o drama dos milhares de migrantes que tentam entrar na Europa e acabam por perder a sua vida no mar Mediterrâneo.
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