sexta-feira, 20 de julho de 2018

Seminário discute integração para combater trafico de pessoa



O Seminário Internacional de Migração, Refúgio e Tráfico de Pessoas promovido pela Prefeitura de Guarulhos, por meio da Subsecretaria da Igualdade Racial, vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos, nos dias 16 e 17 deste mês, na Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), no Macedo, apresentou diagnósticos e redes de atenção aos Migrantes e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de diversos órgãos, além de um ponto em comum: a necessidade de integração das instituições para buscar ações e resultados eficazes.

Nesta terça-feira (17), duas mesas temáticas dominaram os debates: “Diagnóstico do Tráfico de Pessoas” e “Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”. Na oportunidade, o inspetor Marcelo Gondim, da Polícia Federal – Regional São Paulo, por exemplo, apresentou o Mapeamento da PRF dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais, por meio da publicação Mapear 2017/2018. Segundo Gondim, o Brasil tem 2.487 pontos de vulnerabilidade, sendo 59,55% urbanos, com destaque para a região Sudeste, que identificou 90 pontos críticos, 144 de alto risco, 135 de médio risco e 99 de baixo risco.

Na linha de atuações, Izilda Alves, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de São Paulo, defendeu a reunião de órgãos para tentar viabilizar ações e observou que o tráfico de pessoas no Brasil é invisível e com dificuldade de provas. Izilda alertou sobre os riscos da internet, que considera território livre para ações de criminosos. “Precisamos de todos para vencer essa guerra”, afirmou Izilda.
O seminário também contou com a participação de Dalila Figueiredo, da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e Juventude (Asbrad), que palestrou sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas nas Regiões de Fronteiras. De acordo com Dalila, é importante discutir essa temática com as autoridades e instituições. Para ela, o grande desafio do Brasil é pensar políticas públicas para enfrentar o tráfico de pessoas. Além disso, considera necessário levar informação e garantir os direitos humanos às pessoas nesta situação. “Essa é uma oportunidade de refletir sobre qual é o plano que o Brasil precisa para esse enfrentamento”, disse Dalila.

O subsecretário Anderson Guimarães (Igualdade Racial), ressaltou a importância dessa discussão com a participação de organismos internacionais, universidades e sociedade civil.

Participação

As mesas temáticas desta terça-feira também contaram com as participações do juiz de direito Paulo Fadigas, titular da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional Penha, Renato Bignami, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Renda (MTE),  Roque Renato Pattusi, do Centro de Apoio e Pastoral Migrante (CAMI), José Roberto Mariano, Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana (CROPH), e representante da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social.
Imagens: Divulgação/ PMG

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