O Seminário Internacional de Migração, Refúgio e Tráfico
de Pessoas promovido pela Prefeitura de Guarulhos, por meio da Subsecretaria da
Igualdade Racial, vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos, nos dias 16 e 17
deste mês, na Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer
(SECEL), no Macedo, apresentou diagnósticos e redes de atenção aos Migrantes e
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de diversos órgãos, além de um ponto em
comum: a necessidade de integração das instituições para buscar ações e
resultados eficazes.
Nesta terça-feira (17), duas mesas temáticas dominaram os
debates: “Diagnóstico do Tráfico de Pessoas” e “Rede de Enfrentamento ao
Tráfico de Pessoas”. Na oportunidade, o inspetor Marcelo Gondim, da Polícia
Federal – Regional São Paulo, por exemplo, apresentou o Mapeamento da PRF dos
Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias
Federais, por meio da publicação Mapear 2017/2018. Segundo Gondim, o Brasil tem
2.487 pontos de vulnerabilidade, sendo 59,55% urbanos, com destaque para a
região Sudeste, que identificou 90 pontos críticos, 144 de alto risco, 135 de
médio risco e 99 de baixo risco.
Na linha de atuações, Izilda Alves, coordenadora do
Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de São Paulo, defendeu a reunião
de órgãos para tentar viabilizar ações e observou que o tráfico de pessoas no
Brasil é invisível e com dificuldade de provas. Izilda alertou sobre os riscos
da internet, que considera território livre para ações de criminosos.
“Precisamos de todos para vencer essa guerra”, afirmou Izilda.
O seminário também contou com a participação de Dalila
Figueiredo, da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e
Juventude (Asbrad), que palestrou sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
nas Regiões de Fronteiras. De acordo com Dalila, é importante discutir essa
temática com as autoridades e instituições. Para ela, o grande desafio do
Brasil é pensar políticas públicas para enfrentar o tráfico de pessoas. Além
disso, considera necessário levar informação e garantir os direitos humanos às
pessoas nesta situação. “Essa é uma oportunidade de refletir sobre qual é o
plano que o Brasil precisa para esse enfrentamento”, disse Dalila.
O subsecretário Anderson Guimarães (Igualdade Racial),
ressaltou a importância dessa discussão com a participação de organismos
internacionais, universidades e sociedade civil.
Participação
As mesas temáticas desta terça-feira também contaram com
as participações do juiz de direito Paulo Fadigas, titular da Vara da Infância
e Juventude do Foro Regional Penha, Renato Bignami, auditor fiscal do trabalho
do Ministério do Trabalho e Renda (MTE),
Roque Renato Pattusi, do Centro de Apoio e Pastoral Migrante (CAMI),
José Roberto Mariano, Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana
(CROPH), e representante da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social.
Imagens: Divulgação/ PMG
www.miguelimigrante.blogspot.com
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