O governo federal,
com apoio do Sistema ONU no Brasil, realiza hoje terça-feira (3) nova etapa do processo de interiorização de venezuelanos. Está
previsto o embarque de 164 solicitantes de refúgio e migrantes em Boa Vista
(RR), que serão transferidos para as cidades de Igarassu (PE), Conde (PB) e Rio
de Janeiro (RJ).
A interiorização é
uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema
vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados
brasileiros.
Todos os
solicitantes de refúgio e migrantes que aceitam participar da transferência
para outras cidades passam por uma sessão de orientação sobre o processo de
interiorização e as cidades de destino, realizam exame de saúde, são
imunizados, abrigados na cidade de destino e acompanhados nos abrigos.
A estimativa é que
45 pessoas sejam levadas para Conde, 69 para Igarassu e 50 para o Rio de
Janeiro.
Esta será a
primeira vez que essas três cidades recebem venezuelanos voluntários da
interiorização. Os imigrantes sairão em um voo de Boa Vista com destino ao
Recife. Na capital pernambucana, desembarcam aqueles que optaram por morar em
Pernambuco e na Paraíba. O avião seguirá viagem para o Rio de Janeiro.
Os abrigos de
Igarassu e do Rio de Janeiro são administrados pela ONG Aldeias Infantis SOS. O
de Conde, localizado no distrito de Jacumã, é de responsabilidade do Serviço
Pastoral do Migrante.
A ONG Aldeias
Infantis, com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), receberá
famílias com crianças e adolescentes, além de mulheres sozinhas ou grávidas. O
Serviço Pastoral do Migrante na Paraíba abrigará prioritariamente homens e
mulheres entre 18 e 30 anos, além de famílias.
Ao todo, 527 venezuelanos
foram levados para as cidades de São Paulo, Cuiabá e Manaus, em durante os
meses de abril e maio. O processo é organizado pelo governo federal com apoio
do ACNUR, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), do Fundo de
População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD).
Por meio do
registro dos venezuelanos abrigados em Roraima, o ACNUR estabelece o perfil
desta população e identifica os interessados em participar da estratégia. A OIM
e o UNFPA atuam na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas
possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária. O
UNFPA promove diálogos com as mulheres para que se sintam fortalecidas neste
processo.
A OIM ajuda na
organização dos voos e acompanha os venezuelanos participantes no processo, que
assinam termo de voluntariedade. O PNUD tem promovido seminários com o setor
privado para estimular a inserção de trabalhadoras e trabalhadores venezuelanos
no mercado de trabalho brasileiro.
Assessoria
de imprensa
imprensaccivil@presidencia.gov.br
www.miguelimigrante.blogspot.com
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