Um dos assuntos mais comentados durante a edição da Copa do Mundo da Rússia foi sobre os jogadores filhos de imigrantes se destacarem em seleções europeias. Esse fato expõe uma contradição política já que na Europa há nações que possuem políticas anti-imigratórias explícitas.
O atacante belga Romelu Lukaku, uma das estrelas da edição, em uma entrevista relatou a forma na qual jogadores filhos de imigrantes são tratados na Europa. “Quando as coisas corriam bem, eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga. Já quando as coisas não corriam bem, eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga descendente de congoleses.”
Diante disso, conversamos com a professora Helena Wakim Moreno, doutoranda em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP com pesquisas realizadas também na Universidade Nova de Lisboa. A professora pesquisa o contexto do colonialismo português na África no período contemporâneo, com ênfase na itinerância de pessoas e ideias, e nas estratégias de enfrentamento dos processos políticos e sociais vigentes. Helena acredita que pela grande taxa de imigração de africanos em países europeus, a tendência é que esse fenômeno deve se repetir, a não ser haja alguma política rigorosa anti-imigratória.
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