O governo de Honduras dará apoio legal a cerca de 60 mil imigrantes desta origem que tiverem cancelado pelos Estados Unidos seu Status de Proteção Temporária (TPS, em inglês) para optar por sua residência permanente, anunciou o presidente Juan Orlando Hernández nesta segunda-feira (7).
O governante indicou que ampliará a atenção com "assessoria jurídica" nos consulados creditados em várias cidades americanas "para que as pessoas que estão com TPS possam fazer suas consultas" sobre os trâmites para conseguir residência.
Os Estados Unidos comunicaram na sexta-feira a Honduras que, a partir de 2020, será cancelado o status concedido desde 1999, após a devastação sofrida pelo país centro-americano devido ao furacão Mitch, em 1998.
"Queremos iniciar um esforço muito coordenado que nos garanta segurança (...) para a atenção especializada ao nosso povo", anunciou Hernández em videoconferência com os cônsules hondurenhos creditados nos Estados Unidos.
O governo hondurenho havia gerido ante a administração de Donald Trump uma nova ampliação do TPS, como as que foram concedidas por períodos de 18 meses desde 1999. Washington comunicou a prorrogação, mas adiantou que é a última.
O anúncio preocupou as pessoas que há 20 anos recebem o benefício, assim como o governo, pela injeção econômica que os imigrantes representam nos Estados Unidos por meio de remessas enviadas a suas famílias.
Honduras recebeu em 2017 cerca de quatro bilhões de dólares em remessas em 2017, o equivalente a 18% do Produto Interno Bruto (PIB). Mais de um milhão de hondurenhos residem nos Estados Unidos, a maioria sem documentos legais.
Jornal do Brasil
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