terça-feira, 1 de maio de 2018

ONU e OCDE lançam plano para ampliar acesso de refugiados ao mercado de trabalho

Yara Al Adib serve um convidado na inauguração da primeira cozinha de sua empresa de refeições em Antuérpia, na Bélgica. Foto: ACNUR/Colin Delfosse
Yara Al Adib serve um convidado na inauguração da primeira cozinha de sua empresa de refeições em Antuérpia, na Bélgica. Foto: ACNUR/Colin Delfosse
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançaram neste mês (24) um plano de ação para ampliar as oportunidades de emprego para vítimas de deslocamento forçado. Estratégia visa aprimorar processos de seleção e capacitação de funcionários estrangeiros que merecem proteção internacional.
“Aproveitar todo o potencial dos refugiados nas economias e sociedades que os acolhem requer uma abordagem governamental em estreita parceria com a sociedade civil. Os empregadores podem e devem desempenhar um papel central neste processo, mas precisam ser apoiados por políticas e ações sólidas de outras partes interessadas, incluindo a nível local”, defendeu o diretor de Emprego e Assuntos Sociais da OCDE, Stefano Scarpetta.
Entre as medidas propostas pelas duas instituições, está a adoção de metodologias para avaliar as habilidades dos refugiados e garantir a correspondência de sua formação com as vagas de trabalho para as quais são encaminhados.
A pesquisa Força de Trabalho Europeia, de 2014, mostrou que, na comparação com os europeus, refugiados com diploma universitário ou técnico tinham cerca de três vezes mais chances de serem empregados em postos incondizentes com sua qualificação. Esse era o caso de 60% dos estrangeiros diplomados que viviam em condição de refúgio no continente.
O plano de ação também defende a igualdade de oportunidades no mercado e garantias de segurança jurídica quanto ao tempo de permanência dos trabalhadores refugiados nos países de acolhimento. O ACNUR e a OCDE também pedem apoio dos governos aos empregadores, que precisam se familiarizar com a estrutura administrativa relacionada aos direitos trabalhistas dos refugiados.
O documento traz uma lista de dez questões sobre a empregabilidade de refugiados, com recomendações para o poder público e serviços de contratação, organizações da sociedade civil, empregadores e refugiados.
Para o alto-comissário adjunto de Proteção do ACNUR, Volker Türk, a estratégia apresenta “uma nova abordagem, em que os refugiados seriam incluídos nas comunidades desde o início, teriam acesso ao mercado de trabalho e se tornariam autossuficientes, contribuindo com as economias locais e com o desenvolvimento das comunidades anfitriãs”.
“Após lançar o nosso próprio programa de inclusão de refugiados na IKEA Suíça há dois anos e meio, participamos de vários diálogos da OCDE e do ACNUR sobre o tema ‘Empregando Refugiados’. É ótimo ver que os esforços conjuntos dessas duas organizações, com muitas outras partes interessadas, resultaram neste amplo, mas concreto plano de ação”, disse Lorenz Isler, gerente de sustentabilidade da IKEA Suíça.
Acesse o plano de ação na íntegra clicando aqui.
Onu
www.miguelimigrante.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário