terça-feira, 30 de janeiro de 2018

80% dos africanos ficam em África e beneficiam novos países


AMigrações: 80% dos africanos ficam em África e beneficiam novos países União Africana (UA) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) disseram hoje que 80% dos migrantes africanos viajam para outro país do continente e que o impacto nessas economias é positivo.
“A perceção de que a migração internacional é antes de mais, e principalmente, um fenómeno Sul-Norte e que os imigrantes custam mais do que o que retribuem é generalizada”, admitem estas organizações, que sublinham, no entanto, que “cerca de oito em cada dez migrantes africanos saem do seu país para ir para outro país africano” e que “o seu impacto nas economias dos países que os acolhem é geralmente positivo, embora limitado”.
Em comunicado de imprensa, a UA e a OCDE dizem que estes tópicos, incluindo as consequências de, até 2050, cerca de 26 milhões de jovens africanos chegarem ao mercado de trabalho todos os anos, estiveram em destaque durante os trabalhos da 30.ª cimeira da União Africana, em Adis Abeba, a capital da Etiópia.
A importância e os impactos da migração intra-africana têm sido objeto de vários estudos e relatórios na sequência da crise migratória europeia, nomeadamente pela OCDE, que tem “providenciado conselhos e dados de política comparada em vários países”, lê-se no comunicado divulgado hoje na capital da Etiópia.
Entre os exemplos apresentados está a Costa do Marfim, onde os imigrantes “pagam mais de metade de um ponto percentual do PIB em impostos e contribuições face aos custos orçamentais que geraram em 2008”.
No Gana, os salários dos nativos nas regiões com mais concorrência estrangeira são mais elevados, e o Ruanda, país onde os imigrantes contribuem para a adição de valor 2,5 vezes mais do que a sua percentagem na força de trabalho.
Por outro lado, na África do Sul, a economia mais desenvolvida do continente, a taxa de emprego dos trabalhadores estrangeiros é 50% superior à dos sul-africanos.
DNoticias
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