O número de trabalhadores estrangeiros no Japão atingiu
um recorde de cerca de 1,28 milhão no final de outubro, em meio ao
envelhecimento da sociedade e ao emprego de estagiários e estudantes de outros
países para compensar a falta de mão de obra, informou o Ministério do Trabalho
na sexta-feira (26).
O número aumentou 18% em relação ao ano anterior, para
1.278.670, o maior desde que os dados comparáveis foram disponibilizados, em
2008, segundo a agência de notícias Kyodo.
Por nacionalidade, os trabalhadores chineses constituem o
maior grupo, com 372.263 pessoas, um aumento de 8% em relação ao ano anterior,
seguido por vietnamitas, cujo número subiu 40%, para 240,259, representando 35%
do aumento total.
Os filipinos aparecem em terceiro lugar, com 146.798
pessoas e aumento 15,1%, seguidos por brasileiros, com 117.299 (crescimento de
10%) e dos nepaleses, com 69.111 (aumento de 31%).
Os residentes permanentes e os descendentes de japoneses
aumentaram 11% em relação ao ano anterior, para 459.132, enquanto que os
bolsistas com licença de trabalho de meio período cresceram 24%, para 259.604,
e os estagiários tiveram aumento de 22%, para 257.788.
Atrás de um mercado de trabalho crescente em meio à
recuperação econômica do Japão, muitos estagiários e estudantes estrangeiros
estão envolvidos em mão de obra não qualificada com baixos salários para
preencher a grave falta de trabalhadores.
Enquanto o governo japonês abriu suas portas a
trabalhadores estrangeiros especializados em tecnologia da informação e em outros
campos, o país não recebe oficialmente trabalhadores não qualificados para
evitar debates sobre política de imigração.
Esses especialistas compõem um grupo pequeno e muitos são
contratados por pequenas empresas com menos de 30 funcionários, de acordo com o
ministério.
Especialistas e estudiosos destacam a necessidade do
Japão estimular mais discussões sobre a política de imigração, em meio ao
envelhecimento da sociedade e à diminuição da população.
Masamichi Maeda/Alternativa
www.miguelimigrante.blogspot.com
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