Um gupo de dez imigrantes haitianos fez uma denúncia de más
condições de trabalho e falta de pagamentos, além de discriminação e ameaças de
agressão, contra uma empresa de Caxias do Sul, na Serra, no Sindicato dos
Metalúrgicos da cidade.
Os
imigrantes que vivem há cinco anos na cidade eram funcionários de uma empresa
que era contratada por outra empresa, de Panambi, no Noroeste do estado. Eles
trabalhavam na montagem de silos de armazenamento de grãos em cidades do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina.
Os
estrangeiros registraram ocorrência na Polícia Civil, mas como a denúncia é de
condições de trabalho análogas à escravidão, a investigação deve ser conduzida
pela Polícia Federal.
"Quando
ele falava com a gente falava alto, nos tratava mal", relatou o auxiliar
de montagem Philistin Regustin sobre o tratamento do supervisor da empresa.
O
Ministério Público do Trabalho (MPT) também deve participar da apuração,
ouvindo os responsáveis pela empresa.
Para
o auditor fiscal do Ministério do Trabalho Vanius Corte, a denúncia é de grave.
"Esse corte de luz, de água, de comunicação com os familiares, as
agressões e ameaças por parte do supervisor dessa empresa é de gravidade
extrema, se for comprovada, será de uma dimensão inédita aqui", disse.
O
Sindicato dos Metalúrgicos e o MPT devem ingressar com um pedido de demissão
coletiva, para que os trabalhadores possam receber as rescisões e os pagamentos
em atraso.
O
proprietário da empresa de Caxias do Sul denunciada pelos estrangeiros disse
que ainda não foi ouvido pelo Ministério do Trabalho, mas negou a maior parte
das acusações.
Ele
afirmou que os alojamentos nas cidades onde o grupo trabalhava têm as condições
necessárias, e nega as acusações de discriminação, agressão física ou
psicológica.
Por RBS TV
www.miguelimigrante.blogspot.com
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