A polícia libertou nesta sexta-feira (27)
seis peruanos que eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão
na rua São Caetano, na região da Luz, segundo informou o SP2. Eles viviam em um
apartamento onde funciona uma oficina de confecção de bolsas e mochilas.
De acordo com o SP2, o casal dono do
apartamento é peruano e também mora no local.
A denúncia chegou à polícia nesta tarde. O
denunciante informou que trabalhava das 3h às 22h. No local, também trabalhava
e vivia uma mulher grávida, que vive em um dos quartos com o marido. Eles
dormiam em beliches.
Um dos imigrante é sobrinho dos
proprietários do apartamento e trabalhava sem carteira assinada.
Segundo o delegado que esteve no local,
Júlio César dos Santos, as condições encontradas no apartamento são criminosas.
"O lugar é sujo, é apertado. É possível afirmar que se trata de algo
reprovável, muito assemelhado à situação do escravo", disse.
A polícia ainda vai fazer uma perícia no
local. O trabalho escravo é um crime federal com pena prevista de até dois anos
de prisão.
Na última terça-feira (24), a ministra
Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu
a portaria do governo que dificulta a fiscalização do
trabalho escravo. A portaria estabelecia que o trabalho só pode ser considerado
escravo quando for constatada "a submissão a trabalho exigido sob ameaça
de punição, com uso de coação, realizado de maneira involuntária".
G1
www.miguelimigrante.blogspot.com
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