A Organização
Internacional para as Migrações (OIM) advertiu hoje que a crise no Iémen se
tornou na mais grave do mundo, com 18,8 milhões de pessoas a necessitarem de
ajuda humanitária ou de proteção.
Desde 2015, diz a organização em
comunicado, que mais de 3,3 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar a suas
casas por questões de segurança, permanecendo dois milhões deslocadas.
A OIM salienta que o conflito no país não
tem fim à vista e que continua a aumentar o número de pessoas que têm de fugir
da guerra.
Anos de pobreza, subdesenvolvimento,
declínio ambiental, conflitos intermitentes e fraco Estado de direito
(incluindo violações generalizadas dos direitos humanos) "têm contribuído
para mais de cinco anos de crise", diz a OIM no comunicado, acrescentando
que a desagregação de serviços, como hospitais, a pobreza galopante ou o
colapso do setor agrícola agravaram ainda mais a situação.
"O conflito e as suas consequências
económicas levaram também a uma crise alimentar. Mais de 17 milhões de pessoas
estão hoje inseguras em termos alimentares, das quais 6,8 milhões precisam de
ajuda alimentar imediata", diz-se no comunicado.
Segundo a OIM, a crise não é apenas
caracterizada por conflitos, mas também por movimentos migratórios internos em
larga escala devido a desastres naturais e fluxos migratórios externos.
O país -- diz a organização -- tem uma
migração complexa, sendo ao mesmo tempo país de origem, de trânsito e de
destino de migrantes. Com origem no Corno de África, 10.000 imigrantes entram
no Iémen todos os meses.
As Nações Unidas e os Governos da Suíça e
da Suécia organizam hoje um encontro de alto nível em Genebra sobre a crise
humanitária no Iémen e que tem a participação da Laura Thompson, diretora-geral
adjunta da OIM, agência das Nações Unidas para as migrações.
Os participantes procuram evitar uma
catástrofe humanitária e angariar 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões
de euros), necessários para fornecer assistência alimentar urgente e apoiar a
população em termos de nutrição e saúde.
A OIM diz necessitar de 76,3 milhões de
dólares (70 milhões de euros) para financiar a assistência e proteção aos
migrantes.
A OIM opera em 20 das 22 províncias do
Iémen com mais de 600 funcionários.
DN MUNDO
www.migueli migrante.blogspot.com
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