sábado, 8 de abril de 2017

Papa: criar coexistência pacífica através do diálogo e integração

O Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, participou nesta sexta-feira (07/04), em Roma, da Conferência internacional sobre a situação dos ciganos na Europa.

Em seu discurso, o purpurado ressaltou que “a Igreja está presente no mundo dos ciganos através do serviço de vários sacerdotes, religiosos e leigos que assumem essa missão, partilhando a vida dos ciganos e abraçando muitas vezes o seu modo de viver”. 
“Os ciganos, não obstante sua presença secular na Europa, formam a minoria mais marginalizada e discriminada nos direitos humanos fundamentais”, sublinhou o Cardeal Turkson.
Segundo o purpurado, o maior problema que os ciganos devem enfrentar, além da marginalização “é o anticiganismo, fenômeno que aumenta cada vez mais em nossas sociedades e que muitas vezes gera atos de violência e racismo”.

Para o Cardeal Turkson, “a integração dos ciganos apresenta para a sociedade o desafio de conhecer a sua identidade, história e valores. Essa integração deve se basear em quatro pilares que correspondem a quatro direitos humanos negados a esse povo: educação, trabalho, assistência médica e moradia digna”.

“A educação é o primeiro fator de uma integração autêntica e prepara a pessoa para a participação ativa na vida política, social e econômica em posição de igualdade em relação aos outros. Infelizmente, a frequência escolar das crianças e jovens ciganos deixa muito a desejar”, frisou. 
Na mensagem assinada pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, enviada aos participantes da conferência sobre a situação dos ciganos na Europa, o Papa manifesta satisfação por esse encontro organizado pela Embaixada da Hungria junto à Santa Sé, que reflete sobre a integração do povo cigano na Comunidade Europeia em geral.
O Papa incentiva as pessoas reunidas a considerem os vários caminhos que excluem a comunidade cigana da participação e dos benefícios da sociedade, e que encontrem soluções para superar as barreiras que os impedem de usufruir de seus direitos fundamentais e cumprir seus deveres. 
“Quando indivíduos e comunidades são livres de participar plenamente da vida pública e oferecer sua contribuição, é possível construir a coexistência pacífica, em que as diferentes culturas e tradições protegem seus respectivos valores, não adotando uma atitude de fechamento ou oposição, mas através do diálogo e integração”, frisa o Papa na mensagem. “Desta forma, o bem de todos na sociedade é preservado e promovido, e os marginalizados participam da vida plena da comunidade”.
Com esses sentimentos, o Papa Francisco garante suas orações e invoca sobre os participantes abundantes bênçãos de paz e força. 
(MJ)
Radio Vaticano
www.miguelimigrante.blogspot.com

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