terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Mais de 2 milhões de imigrantes foram presos na fronteira entre EUA e México em 2021

Migrantes de origem indiana são revistados pela polícia americana no Arizona, depois de terem cruzado a fronteira mexicana Foto: GO NAKAMURA / REUTERS/23-01-2022

Mais de 2 milhões de imigrantes que entraram ilegalmente nos EUA foram detidos na fronteira com o México em 2021. Somente em dezembro, foram 178.840 presos, de acordo com números divulgados nesta segunda-feira.

Ao todo, 2.033.863 estrangeiros foram identificados tentando atravessar para os EUA pela fronteira Sul. Desse total, 1,25 milhão eram adultos solteiros, mais de 600 mil chegaram com um parente e 170 mil eram menores sem a presença de um responsável. De acordo com o serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês), mais de 1,1 milhão dos imigrantes foram imediatamente expulsos de volta para o México ou levados de avião para outros países.

O Partido Republicano acusou imediatamente o presidente democrata, Joe Biden, e sua vice-presidente, Kamala Harris, de criar uma "crise humanitária histórica".

"Sob sua liderança, os cartéis e contrabandistas estão se proliferando, os guardas de fronteira estão sobrecarregados e nossas comunidades estão menos seguras", disse a líder do partido Ronna McDaniel, em comunicado.

Os fluxos migratórios, que caíram acentuadamente no início da pandemia, começaram a subir novamente antes de Joe Biden assumir o cargo há um ano, mas aumentaram de maneira crítica depois. O democrata inicialmente tentou minimizá-los, falando de um fenômeno sazonal.

O recorde de chegadas no verão do Hemisfério Norte, quando as travessias do deserto são mais perigosas, provou que o presidente estava errado: foram registradas cerca de 200 mil prisões em julho e agosto.

Essas chegadas representam um desafio humano, logístico e financeiro considerável para o governo democrata, principalmente porque este prometeu não expulsar menores desacompanhados. Seus esforços para reformar o sistema de imigração estão emperrados no Congresso e espera-se que o tema seja central nas eleições de novembro.

globo.com

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