segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Com menos venezuelanos, número de novos refugiados no Brasil cai 91%

 

Refugiados e migrantes são atendidos em Posto de Interiorização e Triagem de Manaus, em 2019 — Foto: ACNUR Brasil/Alexandre Pereira

O Brasil reconheceu 2.224 pessoas como refugiadas em 2021, de acordo com um balanço do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A maioria desses 2.224 é de crianças; são 1.500.

O órgão que decide quem deve receber o status de refugiado é o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

O número representa cerca de 8% do total de 2020. Veja abaixo a evolução do reconhecimento do status de refugiado no Brasil:

Refugiados no Brasil
Número de novos refugiados cai em 2021
Ano1.0411.0415905901.0861.08621.54121.54126.65326.6532.2242.22420162017201820192020202105k10k15k20k25k30k
Fonte: Ministério da Justiça

De acordo com o ministério, nos anos de 2019 e 2020 houve um número de reconhecimentos muito grande motivado pelo fluxo de imigrantes da Venezuela, que ocorreu nos anos de 2018 e 2019.

Nos anos de 2020 e 2021 a vinda de imigrantes foi menos volumosa e mais parecida com a dos anos anteriores a 2018.


Visto temporário de residência


Houve também uma quantidade de pessoas que receberam vistos temporários e autorização de residência, principalmente por causa da situação no Afeganistão –o Talibã retomou o controle do país.

No começo de dezembro, o Ministério divulgou um balanço que informava que o Brasil tinha concedido 339 vistos humanitários a cidadãos afegãos. Segundo a pasta, outros 393 pedidos eram analisados pelos diplomatas brasileiros naquela época.

Em setembro, os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública anunciaram que o Brasil poderia conceder visto humanitário a afegãos que desejassem deixar o Afeganistão por conta do Talibã, que retomou o controle do país.

Segundo portaria do governo que trata do tema, pode ser concedido visto temporário e de autorização de residência para fins de acolhida humanitária para cidadãos "afegãos, apátridas e pessoas afetadas pela situação de grave ou iminente instabilidade institucional ou de grave violação de direitos humanos ou do Direito Internacional Humanitário no Afeganistão".


G1


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