Ativistas especulam que ela tenha entrado nos EUA com visto de turista (B-1) em 1996, o qual não a permitia trabalhar no país
Famoso por iniciar o
movimento que questionava o país de nascimento do então recém-eleito Presidente
Barack Obama, Donald Trump agora prova do próprio veneno: A esposa do candidato
presidencial republicano, Melania, que nasceu na atual Eslovênia e trabalhou
como modelo fotográfico em Nova York em meados da década de 90, tem afirmado
ser um exemplo de imigrante que entrou nos EUA legalmente e obedecido as leis.
Em seu discurso, ela disse que aplicou para o green card e, posteriormente,
obteve a cidadania americana.
Entretanto, a época em
que as fotos foram tiradas e o próprio relato de suas viagens geraram
questionamentos sobre quando ela entrou nos EUA e se podia trabalhar legalmente
no país. O seu agente nos EUA, Paolo Zampolli, disse na quinta-feira (4) que
ele a recrutou em Milão e a ajudou a obter o visto H1-B, que permitiu que ela
ficasse nos EUA por 3 anos e trabalhasse como modelo.
“Ela nunca trabalhou
ilegalmente para a nossa agência. Ela sempre trabalhou com um visto”, disse
Zampolli. “É muito fácil; bastante padrão, conseguir um visto de modelo, pois
ela tinha experiência na Europa. Confie em mim, eu não quero mentir sobre isso.
Ela tinha um visto”.
As perguntas sobre o
histórico migratório de Melania é um assunto particularmente sensível para
Trump, que tem feito dos ataques aos indocumentados a base de sua campanha
presidencial. Ele tem retratado os imigrantes mexicanos como estupradores,
prometeu impedir que os muçulmanos entrem nos EUA e construir uma cerca ao
longo de toda a fronteira com o México. A campanha de Trump não divulgou o
histórico migratório de Melania.
“Deixa-me esclarecer de
uma vez por todas: Eu sempre obedeci as leis migratórias desse país”, postou
ela no Twitter, depois que dúvidas sobre o seu histórico apareceram na mídia.
“Qualquer alegação do contrário é simplesmente uma inverdade”.
Em entrevistas, Melania
disse que ela entrou nos EUA pela primeira vez em 1996 e que periodicamente
viajava para a Eslovênia para obedecer o prazo de permanência do visto. “Eu
obedeci a lei da forma que tinha que ser”, disse ela ao canal de TV MSNBC em
fevereiro. “Eu nunca pensei em ficar aqui sem os papeis. Eu tinha um visto.
Após alguns meses, eu viajava de volta à Eslovênia, para carimbar o visto”.
“Eu voltei e apliquei
para o green card”, acrescentou. “Posteriormente, eu apliquei para a cidadania,
então, eu segui o sistema”.
A descrição dela, de ir
e voltar entre Nova York e Eslovênia, é mais consistente com os portadores do
visto de turista B-1. Tal visto não permite que a pessoa trabalhe. É
tecnicamente fraudulento para um viajante afirmar a um agente de imigração que
sua viagem é turística quando na realidade o objetivo é trabalho. Tais
violações são comuns e, embora passíveis, raramente resultam em ações
judiciais.
Melania Trump tem
enfrentados outros questionamentos com relação ao seu passado. Ela tirou do ar
o próprio website, depois do surgimento de rumores que a ex-modelo nunca se
graduou na universidade, como estava postado em sua biografia online.
Brazilian Voice
www.miguelimigrante.blogspot.com
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