sábado, 28 de novembro de 2015

Prefeitura de Belo Horizonte participa de evento internacional sobre processo mundial de imigração

A Prefeitura de Belo Horizonte, representada pelo secretário Municipal Adjunto de Assistência Social, Marcelo Mourão, teve assento no Segundo Foro de Alcades sobre Movilidade, Migración y Dessarrollo (Segundo Fórum de Prefeitos sobre Mobilidade, Migração e Desenvolvimento), promovido pela prefeitura de Quito, Equador, em parceria com o Banco Mundial, com o Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa e com a Iniciativa Conjunta sobre Migração e Desenvolvimento. O evento, realizado em meados de novembro, teve como objetivos promover a discussão sobre o processo de migração mundial, na perspectiva de desmistificar o fenômeno como problema e entendê-lo como uma possibilidade de desenvolvimento, seja por meio da recepção de cidadãos imigrantes, pelo retorno de expatriados ou pelo envio de recursos financeiros de expatriados ao seu país de origem.

Na oportunidade, Mourão apresentou, durante o primeiro dia, como se estrutura a rede de serviços da Prefeitura, considerando para isso os serviços voltados aos migrantes (pessoas com origem de outra cidade ou estado, mas do mesmo país) e imigrantes (pessoas com origem de outro país) que chegam à capital mineira e são atendidos pela política de Assistência Social por meio do: Plantão Social de Atendimento do Migrante - localizado no Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, onde migrantes e imigrantes conseguem viabilizar o retorno à cidade de origem ou para municípios onde exista consulado do seu país natal (desde que o mesmo esteja em situação de vulnerabilidade e risco social, que não possua referência domiciliar e familiar em Belo Horizonte e que não haja um consulado de sua nacionalidade na capital); e do Serviço de Acolhimento Institucional ao Migrante - que oferta 80 vagas para abrigamento noturno de homens adultos que tenham chegado de outras cidades, estados ou países à capital e não têm condições de manter moradia na cidade.


No que se refere à imigração, Belo Horizonte e região metropolitana têm atraído principalmente haitianos, chineses e sul-americanos e, considerando a diversidade quando se fala sobre o fenômeno, um dos principais desafios é a interação entre quem chega à cidade e os possíveis conflitos culturais e econômicos no que se refere à migração. Nesse sentido, o desafio é trabalhar para estabelecer uma rede de acolhida, que possa contribuir para a construção de projeto de vida para essas pessoas. Considerando os dois serviços que atendem especificamente migrantes e imigrantes dentro da política de assistência social em BH, cidadãos sul-americanos representam a maioria dos imigrantes que procuram os serviços da assistência social na cidade, sendo as três nacionalidades mais recorrentemente atendidas recentemente pela SMAAS as de argentinos (68 pessoas), colombianos (43 pessoas) e chilenos (25 pessoas).


De acordo com o secretário de Assistência Social, a expectativa agora é repassar aos demais órgãos da PBH as informações, as trocas e os conhecimentos adquiridos durante o Fórum com a perspectiva de que o executivo municipal amplie as políticas publicas de atenção ao migrante e ao expatriado e expandir as possibilidades para vincular o processo migratório ao desenvolvimento. “Hoje, com a globalização cada vez mais forte, temos que preparar a cidade para aproveitar a capacitação, o conhecimento, a cultura desse imigrante que chega à BH e incluí-lo na rede municipal, bem como aproveitar, por exemplo, as potencialidades do cidadão que volta à Belo Horizonte depois de uma experiência no exterior. Acabamos identificando mais facilmente o imigrante que chega ao país em decorrência de desastre natural, como no caso do Haiti, ou guerra, como no caso da Síria, e interpretamos essa vinda como uma situação problemática, na medida em que esses cidadãos chegam fragilizados. Isso é algo que temos que reverter para positivo, na medida em que a gente vislumbrar as potencialidades ocasionadas em decorrência a essa migração”, comenta o secretário.


Mourão defende ainda que “para todas essas situações de chegada, saída e retorno, temos conjunturas onde é possível enxergar probabilidades de desenvolvimento e crescimento, como no caso de estudantes intercambistas que entram e saem do país. Precisamos aproveitar esse potencial. Esses foram alguns dos pontos chaves da discussão em Quito e que pretendo trazer para envolver outros âmbitos do executivo, para além da política de assistência social”, reflete. O Brasil também esteve representado no evento pela Prefeitura de São Paulo.

Portal PHB

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