O governante adiantou estas informações em declarações à imprensa no final de um encontro que manteve hoje com o reitor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Arlindo Barreto e a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, e de visitar as instalações do Pólo III da Uni-CV, situado em Achada Falcão, no município de Santa Catarina, onde vai ficar sedeada a referida cátedra.
Jorge Santos avançou que a criação e implementação da cátedra, que faz parte do Plano Estratégico da Diáspora 2022-2026, vai ser ainda este ano, após a assinatura de um memorando entre a Uni-CV e o Governo.
No encontro, adiantou que se discutiu a necessidade de o País ter uma Cátedra da Diáspora, Migrações e Estudos Interculturais, em vez de um Centro de Investigação e Estudos da Diáspora, Migrações e Interculturalidades, como inicialmente desenhada pelo Governo.
“Uma cátedra, porque é uma unidade autónoma da Uni-CV para estudos da nossa diáspora que é imensa e espalhada por todo o mundo (…) e estudar a dinâmica dessas nossas comunidades que representam dois terços da nossa população”, explicou.
“O objectivo principal desta cátedra é justamente estudar, investigar, conhecer e ter todo o conhecimento dessas nossas comunidades. E a partir desses estudos produzir conhecimentos e recomendações científicas necessárias para a construção de políticas públicas a nível nacional e local para criar os instrumentos de ligação entre a nossa diáspora e o País a nível económico, social, cultural, desportiva e em todas as áreas de actividades”, reforçou.
Na ocasião, Jorge Santos justificou a escolha de Santa Catarina para albergar a Cátedra da Diáspora, Migrações e Estudos Interculturais com o facto de o município ser um dos “epicentros mais importante da Diáspora cabo-verdiana”.
Daí, assegurou que a própria Uni-CV, através da Faculdade de Educação e Desporto (FAED), tem todas as condições quer a nível da infra-estrutura e da capacidade humana para receber este projecto que conta com parceiros nacionais e internacionais.
O ministro Jorge Santos, que esteve acompanhado da secretária de Estado do Ensino Superior, Eurídice Monteiro, notou ainda que, associado a este projecto, estão outros elementos como cursos, formações, mestrados em assuntos que dizem respeito à diáspora mormente línguas, sobretudo a portuguesa e crioula.
Por outro lado, disse acreditar que este projecto vai permitir a internacionalização da Uni-CV, em particular da FAED, tendo em conta que muitos cabo-verdianos que estão em África, na Europa e nos Estados Unidos da América vão querer estudar na Uni-CV e a mesma entrar em contacto com as universidades que acolhem a comunidade cabo-verdiana.
Por seu vez, a chefe do executivo municipal de Santa Catarina congratulou-se com a escolha desse município santiaguense para albergar a sede deste projecto, sustentando que a mesma se justifica pelo facto de o concelho que dirige ser um dos “maiores epicentros da diáspora cabo-verdiana”.
Por isso, lembrou que a edilidade se engajou desde a primeira hora por acreditar que a referida cátedra, enquanto unidade de investigação científica aplicada à diáspora cabo-verdiana, na Uni-CV, vai permitir a internacionalização do município de Santa Catarina e da sua história.
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