Conceita Rizza /Epa
Um total de 281 migrantes chegaram esta segunda-feira à ilha italiana de Lampedusa, enquanto outros 336 aguardam a bordo de dois navios de organizações não-governamentais (ONG) humanitárias por um porto seguro para desembarcar após terem sido resgatados no Mediterrâneo.
O aumento do fluxo migratório em direção a Lampedusa verificado nos últimos dias está novamente a causar fortes constrangimentos no centro de acolhimento da ilha italiana.
Com uma capacidade máxima de 350 pessoas, a estrutura acolhe neste momento 880 migrantes, segundo noticiou a imprensa italiana.
Durante a noite passada, a Guarda de Finanças (força policial existente em Itália que está sob a alçada da tutela da Economia e Finanças) intercetou uma primeira embarcação que estava a quatro milhas da costa e transportava 73 migrantes.
Pouco depois, a 20 milhas de distância, foi encontrado outra embarcação com 73 pessoas a bordo.
Por sua vez, a Guarda Costeira italiana intercetou e trouxe para terra várias pequenas embarcações que tinham a bordo migrantes tunisinos, paquistaneses, sírios e sudaneses, segundo a agência espanhola EFE.
Outros 57 migrantes chegaram pelos próprios meios e sem auxílio das autoridades à praia de Cala Pisana, em Lampedusa.
Nas últimas 24 horas, navios humanitários de ONG a navegar no Mediterrâneo realizaram novas operações de resgate.
O navio Mare Jonio, da ONG Mediterranea Saving Humans, resgatou 29 pessoas, enquanto o navio da ONG alemã Sea Watch, que já tinha 222 pessoas a bordo após vários salvamentos, conseguiu resgatar 85 migrantes que viajavam numa embarcação precária que, segundo os próprios migrantes, estava a ser quase alcançada pelas patrulhas marítimas líbias.
Os migrantes receiam ser intercetados pelas autoridades líbias e posteriormente serem devolvidos à Líbia, que não é considerado um porto seguro.
“Agora, as pessoas resgatadas estão no Sea Watch 3 onde a tripulação está a tomar conta delas. Temos 307 pessoas a bordo”, divulgou a ONG alemã através das redes sociais.
Nos últimos tempos, e perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, a Itália tem assumido todo o fluxo de migrantes da rota central do Mediterrâneo, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês.
Desde o início do ano, e segundo os dados do Ministério do Interior de Itália atualizados até 3 de junho, chegaram 20.028 migrantes às costas italianas, um valor que, no mesmo período do ano passado, se situava nos 14.962.
observador.pt
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