A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou nesta segunda-feira,
por unanimidade, uma resolução que torna a Organização Internacional para
Migrações (OIM) parte do sistema da ONU como instituição relacionada.
Em
nota à imprensa, o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing, afirmou que este é
um "dia histórico" não só para a instituição e para a ONU, mas para
"migrantes e suas famílias ao redor do mundo".
Swing
declarou que o mundo passa por um momento de "tragédia e incerteza".
Para ele, esse acordo mostra "o compromisso dos Estados-membros com uma
migração mais humana e ordenada que beneficie a todos" e onde se possa
"celebrar os seres humanos por trás dos números".
A
OIM é uma organização intergovernamental com mais de 9,5 mil funcionários e 450
escritórios em todo o mundo. Em 2015, a instituição ajudou 20 milhões de
migrantes. Em dezembro deste ano, a agência completa 65 anos.
Segundo
a resolução adotada, a ONU e a OIM concordam em cooperar, dentro de seus respectivos
mandatos, e fazerem consultas sobre questões de interesse e preocupação mútuos.
William
Lacy Swing ressaltou que a OIM tem trabalhado com a ONU desde a sua fundação e
agora, "se tornando parte da família das Nações Unidas", a agência
terá "voz vital" para defender migrantes e seus direitos em todo o
mundo.
A
medida desta segunda-feira abre caminho para o acordo que será assinado entre
Swing e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Cúpula das Nações Unidas
sobre refugiados e migrantes em 19 de setembro.
O
encontro vai reunir Estados-membros da ONU para discutir grandes movimentos de
refugiados e migrantes e uma abordagem mais coordenada e humana.
A
OIM recebeu o status de Observador Permanente na Assembleia Geral da ONU em
1992 e um acordo de cooperação foi assinado em 1996.
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