quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Mais de 12 mil migrantes desembarcaram na Itália em 50 dias

 


Um relatório do Ministério do Interior italiano indica que, só na última semana, chegaram às costas desta nação 5.636 migrantes irregulares, 46,5 por cento do total, o que evidencia um agravamento da crise.

A análise especifica que 1.043 pessoas, 8,6 por cento, dos que desembarcaram este ano, vêm da Costa do Marfim, enquanto 967 vêm do Paquistão, 925 da Guiné, 549 da Tunísia, 430 do Egito, 338 da Síria, 336 do Afeganistão, 253 de Bangladesh, 236 da Eritreia e 225 de Camarões, entre outras nações.

Os menores desacompanhados que chegaram até agora a este país europeu totalizam 861 nestes primeiros dois meses do ano, enquanto em todo o ano de 2022 o número atingiu 13.386 e em 2021 foi de 10.053, especifica o relatório.

O chefe do Departamento de Liberdades Cívicas e Imigração do Ministério do Interior, Valerio Valenti, referiu-se à situação crítica que vive atualmente a ilha de Lampedusa, o ponto mais meridional de Itália, que concentra cerca de três mil migrantes.

Durante uma visita àquela localidade, há algumas horas, Valenti anunciou após um encontro com o prefeito daquela ilha, Filippo Mannino, que para tentar aliviar o congestionamento, 1.200 pessoas se mudarão imediatamente para outras partes do país.

Perante a situação de emergência, que se agravou após as recentes mortes de migrantes na ilha, Mannino solicitou ainda um reforço das unidades sanitárias e, em particular, a ativação de um serviço de urgência pediátrica.

As autoridades de migração informaram na passada segunda-feira que, durante a madrugada desse dia, um barco com 46 pessoas a bordo, uma delas morta, foi resgatado nas proximidades de Lampedusa.

A esta morte somou-se a de uma jovem da Costa do Marfim, de 30 anos, que perdeu a vida no passado domingo no centro de acolhimento da Imbriacola, com capacidade para cerca de 300 pessoas, e que veio albergar desde este fim de semana para mais mais de três mil.

Flavio Di Giacomo, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), lamentou a morte da mulher marfinense, a “terceira tragédia deste tipo em poucos meses dentro do centro”, onde também morreram duas crianças nas últimas semanas.

lam/ort/hb

Prensa Latina

www.miguelimigrante.blogspot.com

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