sábado, 4 de fevereiro de 2023

Pela 1ª vez em 5 meses, não há refugiados afegãos acampados no Aeroporto Internacional de SP


 Nos últimos cinco meses, refugiados afegãos que chegaram ao Brasil tiveram que acampar no Aeroporto Internacional de São Paulo, à espera de um abrigo. Nesta sexta (3), pela primeira vez, nenhum deles vai dormir no saguão.

O horizonte do aeroporto ficou maior para o último grupo de refugiados afegãos a deixar um acampamento que começou a se formar em agosto e chegou a ter mais de uma centena de imigrantes. De lá, eles foram levados para um abrigo em Guarulhos. São 36 pessoas, entre elas 12 crianças. Alguns deles já estavam no Brasil há pelo menos um mês.

O tempo no aeroporto foi uma foi escala forçada entre o medo do regime Talibã, que retomou o poder no Afeganistão, e o plano de recomeçar a vida no Brasil. Faltavam abrigo e dinheiro.

De setembro de 2021 até agora, o Brasil expediu mais de 7 mil vistos humanitários para afegãos. Nem todos os que pedem refúgio fazem a viagem de fato. Os últimos dados mostram que mais de 3 mil chegaram ao Brasil no ano passado, e a expectativa é que os afegãos continuem vindo.

Swany Zenobini, ativista do Coletivo Frente Afegã, está à frente de um grupo de voluntários que socorre os afegãos. Ela diz que é preciso garantir que os próximos não encontrem apenas o chão do aeroporto.

“A gente tem que entender que não é uma situação pontual, é uma situação que se tornou recorrente. Há cinco meses já está recorrente. Então, se não tivermos abrigamento para essas pessoas, e as pessoas que já foram acolhidas também não tiverem esse acolhimento na questão saúde, na questão emprego, acaba sendo só uma atuação pontual que vai gerar novos problemas lá na frente”, afirma.

g1.globo.com

www.miguelimigrante.blogspot.com

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