Solidariedade às vítimas pela Covid-19
“Celebramos um Dia da Pátria marcado
por luto e por muitos adoecimentos”, afirmou o presidente da CNBB em referência
aos brasileiros e famílias atingidas pela Covid-19. Contudo, dom Walmor reforça
a necessidade de não se perder a esperança. Para ele a solidariedade é um
princípio que deve integrar a todos os brasileiros num sentimento de dor quando
muitos estão vivendo o luto da perda de familiares e amigos para a Covid-19 e
na construção de um novo tempo para o Brasil.
“Esse momento desafiador que enfrentamos não
vencerá a sociedade brasileira que é forte, que sabe lutar e já superou tantas
outras adversidades. No fim, a vida sempre vence é o que nos mostra o mestre
Jesus que superou a humilhação e a tortura, encontrou a morte mas Ressuscitou.
Juntos construiremos um novo tempo a partir da força da solidariedade.
Recordemos do Papa Francisco para nos fortalecer: “Não deixemos que nos roubem
a esperança”, disse.
Dom Walmor recordou que o Dia da
Pátria é celebrado no contexto do Tempo da Criação, marcado na Igreja no mundo,
com o início no dia 1º de setembro até o dia próximo 4 de outubro, Dia de São
Francisco de Assis. “É Tempo de Cuidar. Por isso, um convite para cuidarmos
mais da nossa Casa Comum. Peço a você ‘Amazoniza-Te’. É dever de cada
brasileiro proteger a Amazônia e lutar pelos direitos dos povos tradicionais do
território amazônico”, disse.
Participação cidadã e Democracia
Em sua mensagem, dom Walmor falou do
clima hostil no Brasil criado pela propagação de agressões, via redes sociais,
que geram adoecimentos e um contexto que distancia a todos da fraternidade.
“Sem a respeito às diferenças, com a tarefa de torná-las riqueza e força,
compromete-se a Democracia. Respeito e diálogo inscrevem o cidadão no coro dos
lúcidos, os que superarão a estupidez do autoritarismo e a indiferença para com
os pobres da terra”, afirmou.
“Que a cultura da participação responsável e cidadã
permaneça ante manifestações anti-democráticas e o princípio da solidariedade
prevaleça em todos os debates sofre o futuro do país”, afirmou em sua mensagem.
Para dom Walmor, a Independência do
Brasil conquistada no dia 7 de setembro deve ser construída e fortalecida a
cada dia. Um país se torna independente, segundo ele, quando o seu povo unido
escolhe seus próprios caminhos nos parâmetros da Democracia. “A
democracia e as suas instituições precisam ser preservadas e fortalecidas”,
disse o arcebispo ao cobrar respeito irrestrito à Constituição Federal de 1988.
“O Dia da Pátria não deve ser vivido
como um simples feriado, mas um momento para celebrarmos a convicção de que
todos os brasileiros e brasileiras, cada um com a sua diferença, depende um dos
outros. Não se constrói um país melhor, mais justo e mais fraterno a
partir da hostilidade, de ações que buscam destruir o próximo”, afirmou.
Pacto pela Vida e pelo Brasil
Na mensagem, o arcebispo de Belo
Horizonte convida a pensar nos brasileiros que estão sem trabalho ou
sub-empregados. Para ele, a desigualdade social é uma chaga vergonhosa da
sociedade brasileira. “É preciso exigir dos governantes e dos servidores do
povo envolver a sociedade nas instâncias do poder que se dedicam mais aos
empobrecidos, com projetos capazes de gerar emprego e renda, priorizando
audaciosas políticas públicas para superar a desigualdade”, apontou.
Para o presidente da CNBB, o Dia da
Pátria é um dia de clamor da escuta dos mais pobres para “nos desassossegar e
nos engajarmos numa construção nova, um novo Pacto pela Vida e pelo Brasil. “O
grito dos excluídos sinaliza direções importantes e pedem-nos novas respostas”,
apontou. Estas ideias estão reafirmadas no Pacto pela Vida e pelo Brasil do
qual a CNBB é signatária junto a um conjunto de organizações da sociedade
brasileira. O Pacto é a resposta que a CNBB, junto à Igreja do Brasil, está
dando como instituição para a superação das dificuldades impostas pela
pandemia.
Dom Walmor fala também da importância
do Sistema Único de Saúde (SUS) e da necessidade de valorizá-lo e ampliá-lo.
Para ele, se não houvesse o SUS, as consequências da pandemia seriam ainda mais
devastadoras em nosso país. No caminho de fortalecimento de uma perspectiva de
saúde pública frente ao desafio do novo coronavírus, ele desejou que o Dia da
Pátria inspire mais integração e sinergia entre as diferentes instâncias
governamentais, nos âmbitos federal, estadual e municipal para vencer a
Covid-19.
Ele afirmou ainda ser necessário que
as autoridades encontrem um caminho para manter a renda emergencial dedicada
aos mais pobres até 2021 e para ajudar pequenos empreendedores e investir na
agricultura familiar. “A prioridade deve ser a proteção dos mais vulneráveis”,
disse.
“Há uma convocação bonita e interpelante neste 7 de
Setembro, Dia da Pátria. Cada um de nós, brasileiros, precisamos enxergar as
muitas riquezas que residem nas nossas diferenças. É fundamental reconhecer,
acima de tudo, que cada pessoa é um semelhante, um irmão, uma irmã.
Quando se reconhece a dignidade da vida humana, que todos são filhos e filhas
de Deus, torna-se mais forte a fidelidade a princípios éticos que garantem a
convivialidade”, finaliza.
Em um vídeo, que gravou especialmente
como uma mensagem para o Dia da Pátria, celebrado no Brasil no 7 de Setembro, o
arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, reforçou a importância
da democracia e da participação cidadã como caminhos que permitem que as
diferenças se articulem e se tornem riqueza na construção do presente e também
do futuro do Brasil como resposta aos desafios colocados pelo contexto do novo
Coronavírus.
Veja abaixo a íntegra da mensagem do
Presidente pelo Dia da Pátria:
Solidariedade às vítimas pela Covid-19
“Celebramos um Dia da Pátria marcado
por luto e por muitos adoecimentos”, afirmou o presidente da CNBB em referência
aos brasileiros e famílias atingidas pela Covid-19. Contudo, dom Walmor reforça
a necessidade de não se perder a esperança. Para ele a solidariedade é um
princípio que deve integrar a todos os brasileiros num sentimento de dor quando
muitos estão vivendo o luto da perda de familiares e amigos para a Covid-19 e
na construção de um novo tempo para o Brasil.
“Esse momento desafiador que enfrentamos não
vencerá a sociedade brasileira que é forte, que sabe lutar e já superou tantas
outras adversidades. No fim, a vida sempre vence é o que nos mostra o mestre
Jesus que superou a humilhação e a tortura, encontrou a morte mas Ressuscitou.
Juntos construiremos um novo tempo a partir da força da solidariedade.
Recordemos do Papa Francisco para nos fortalecer: “Não deixemos que nos roubem
a esperança”, disse.
Dom Walmor recordou que o Dia da
Pátria é celebrado no contexto do Tempo da Criação, marcado na Igreja no mundo,
com o início no dia 1º de setembro até o dia próximo 4 de outubro, Dia de São
Francisco de Assis. “É Tempo de Cuidar. Por isso, um convite para cuidarmos
mais da nossa Casa Comum. Peço a você ‘Amazoniza-Te’. É dever de cada
brasileiro proteger a Amazônia e lutar pelos direitos dos povos tradicionais do
território amazônico”, disse.
Participação cidadã e Democracia
Em sua mensagem, dom Walmor falou do
clima hostil no Brasil criado pela propagação de agressões, via redes sociais,
que geram adoecimentos e um contexto que distancia a todos da fraternidade.
“Sem a respeito às diferenças, com a tarefa de torná-las riqueza e força,
compromete-se a Democracia. Respeito e diálogo inscrevem o cidadão no coro dos
lúcidos, os que superarão a estupidez do autoritarismo e a indiferença para com
os pobres da terra”, afirmou.
“Que a cultura da participação responsável e cidadã
permaneça ante manifestações anti-democráticas e o princípio da solidariedade
prevaleça em todos os debates sofre o futuro do país”, afirmou em sua mensagem.
Para dom Walmor, a Independência do
Brasil conquistada no dia 7 de setembro deve ser construída e fortalecida a
cada dia. Um país se torna independente, segundo ele, quando o seu povo unido
escolhe seus próprios caminhos nos parâmetros da Democracia. “A
democracia e as suas instituições precisam ser preservadas e fortalecidas”,
disse o arcebispo ao cobrar respeito irrestrito à Constituição Federal de 1988.
“O Dia da Pátria não deve ser vivido
como um simples feriado, mas um momento para celebrarmos a convicção de que
todos os brasileiros e brasileiras, cada um com a sua diferença, depende um dos
outros. Não se constrói um país melhor, mais justo e mais fraterno a
partir da hostilidade, de ações que buscam destruir o próximo”, afirmou.
Pacto pela Vida e pelo Brasil
Na mensagem, o arcebispo de Belo
Horizonte convida a pensar nos brasileiros que estão sem trabalho ou
sub-empregados. Para ele, a desigualdade social é uma chaga vergonhosa da
sociedade brasileira. “É preciso exigir dos governantes e dos servidores do
povo envolver a sociedade nas instâncias do poder que se dedicam mais aos
empobrecidos, com projetos capazes de gerar emprego e renda, priorizando
audaciosas políticas públicas para superar a desigualdade”, apontou.
Para o presidente da CNBB, o Dia da
Pátria é um dia de clamor da escuta dos mais pobres para “nos desassossegar e
nos engajarmos numa construção nova, um novo Pacto pela Vida e pelo Brasil. “O
grito dos excluídos sinaliza direções importantes e pedem-nos novas respostas”,
apontou. Estas ideias estão reafirmadas no Pacto pela Vida e pelo Brasil do
qual a CNBB é signatária junto a um conjunto de organizações da sociedade
brasileira. O Pacto é a resposta que a CNBB, junto à Igreja do Brasil, está
dando como instituição para a superação das dificuldades impostas pela
pandemia.
Dom Walmor fala também da importância
do Sistema Único de Saúde (SUS) e da necessidade de valorizá-lo e ampliá-lo.
Para ele, se não houvesse o SUS, as consequências da pandemia seriam ainda mais
devastadoras em nosso país. No caminho de fortalecimento de uma perspectiva de
saúde pública frente ao desafio do novo coronavírus, ele desejou que o Dia da
Pátria inspire mais integração e sinergia entre as diferentes instâncias
governamentais, nos âmbitos federal, estadual e municipal para vencer a
Covid-19.
Ele afirmou ainda ser necessário que
as autoridades encontrem um caminho para manter a renda emergencial dedicada
aos mais pobres até 2021 e para ajudar pequenos empreendedores e investir na
agricultura familiar. “A prioridade deve ser a proteção dos mais vulneráveis”,
disse.
“Há uma convocação bonita e interpelante neste 7 de
Setembro, Dia da Pátria. Cada um de nós, brasileiros, precisamos enxergar as
muitas riquezas que residem nas nossas diferenças. É fundamental reconhecer,
acima de tudo, que cada pessoa é um semelhante, um irmão, uma irmã.
Quando se reconhece a dignidade da vida humana, que todos são filhos e filhas
de Deus, torna-se mais forte a fidelidade a princípios éticos que garantem a
convivialidade”, finaliza.
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