terça-feira, 11 de setembro de 2018

Venezuela: Governo nega ter gerado saída em massa de cidadãos

OResultado de imagem para venezuela Governo venezuelano negou hoje que as suas políticas tenham gerado uma saída em massa de cidadãos do seu país ou a existência de refugiados, mas admitiu que quem emigrou o fez por razões exclusivamente económicas.
Um refugiado é um perseguido ou a sua vida corre perigo se regressar ao seu país. Na Venezuela não há refugiados, talvez alguém perseguido por alguma máfia, mas não há milhares", disse o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros aos jornalistas, na Suíça.
Jorge Arreaza sublinhou que "não há perseguição pelo Estado (venezuelano), em absoluto" e que "qualquer venezuelano que tenha saído por razões económicas pode regressar tranquilamente ao seu país".
O ministro venezuelano reagia às denúncias feitas na segunda-feira pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, de que continuam as violações sociais e de direitos económicos na Venezuela, país onde têm ocorrido casos de mortes por má nutrição ou doenças evitáveis.
A ex-Presidente do Chile fazia o seu primeiro discurso perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, por ocasião da 39.ª sessão daquele organismo, tendo denunciado ainda que na Venezuela continuam as detenções arbitrárias, maus-tratos e restrições à liberdade de expressão.
Michelle Bachelet disse estimar-se que até 01 de julho último "2,3 milhões de pessoas tenham fugido da Venezuela - cerca de 7% do total da população - devido, em grande parte, à falta de alimentos ou de acesso a medicamentos e assistência médica crítica, insegurança e perseguição política".
"Este movimento está a acelerar. Na primeira semana de agosto, mais de 4.000 venezuelanos entraram diariamente no Equador. Em julho, durante três semanas, 50.000 venezuelanos teriam chegado à Colômbia e há relatórios de que 800 venezuelanos estão a entrar diariamente no Brasil", precisou.
Entretanto, através do Twitter, o ministro Jorge Arreaza anunciou que teve um encontro com o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, em Genebra, na Suíça.
Segundo Arreaza, a reunião teve como propósito unir esforços para dar atenção integral aos estrangeiros refugiados na Venezuela.
"Chegámos a um acordo para expandir a nossa coordenação geral e atenção conjunta aos cidadãos colombianos e de outros países, refugiados na Venezuela", escreveu na sua conta na rede social Twitter.
Antes do encontro, segundo a imprensa venezuelana, Jorge Arreaza reuniu-se com a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, a quem reiterou o compromisso da Venezuela para com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Diario de Lisboa
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