O
Vaticano divulgou hoje a mensagem do Papa para o 103.º Dia Mundial do Migrante
e do Refugiado, dedicada aos “migrantes menores de idade, vulneráveis e sem
voz”.
Francisco
recorda as crianças vítimas de “exploração” ou “encaminhadas para a
prostituição ou pornografia”, entregues como “escravas do trabalho infantil” e
“alistadas como soldados”, e também as que são “envolvidas em tráfico de drogas
e outras formas de delinqüência”.
“Tantas
meninas e meninos” que atualmente são também “forçados por conflitos e perseguições
a fugir, com o risco de se encontrarem sozinhos e abandonados”, frisa o Papa.
No âmbito
do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que vai ser assinalado pela Igreja
Católica a 17 de janeiro de 2017, Francisco destaca “o dever de chamar a atenção
para a realidade dos mais pequenos “especialmente os deixados sozinhos, pedindo
a todos para cuidarem” de modo particular desta faixa da população migrante.
O Papa
defende a urgência “de adotar todas as medidas possíveis para garantir proteção
e defesa das crianças migrantes, “três vezes mais vulneráveis – porque de menor
idade, porque estrangeiras e porque indefesas – quando, por vários motivos, são
forçadas a viver longe da sua terra natal e separadas do carinho familiar”.
Privadas
dos mais elementares apoios, muitas crianças “acabam facilmente nos níveis mais
baixos da degradação humana, onde a ilegalidade e a violência queimam numa
única chama o futuro de demasiados inocentes, enquanto a rede do abuso de
menores é difícil de romper”, alerta.
“Pela sua
delicadeza particular, a idade infantil tem necessidades únicas e
irrenunciáveis”, prossegue Francisco, lembrando ainda a importância de garantir
a adequada “integração das crianças” migrantes e suas famílias nos países de
destino.
Também a
urgência de se “adotarem procedimentos” nacionais e internacionais que
contrariem as “causas da emigração forçada dos menores” e de se encontrarem
“soluções duradoras” para um problema “complexo”, que tem na sua “raiz” uma
mudança significativa na realidade migratória.
Ao
contrário do que acontecia há algumas datas, aponta Francisco, o “fenómeno”
migratório já não engloba “apenas pessoas à procura de um trabalho digno ou de
melhores condições de vida”.
Envolvidos
nestes fluxos estão também cada vez mais “homens e mulheres, idosos e crianças
forçados a abandonar as suas casas” devido a situações como “guerras, violações
dos direitos humanos, corrupção, pobreza, desequilíbrios e desastres
ambientais”.
Estas
pessoas rumam à Europa e a outros continentes “com a esperança de se salvar e
encontrar paz e segurança noutro lugar. E os menores são os primeiros a pagar o
preço oneroso da emigração”, realça o Papa, que termina a sua mensagem
reforçando “o direito” dos mais novos a crescerem “num ambiente saudável e
protegido”.
A
“crescerem sob a guia e o exemplo de um pai e de uma mãe” e a receberem “uma
adequação adequada, principalmente na família e também na escola”.
“De fato,
em muitas partes do mundo, ler, escrever e fazer os cálculos mais elementares
ainda é um privilégio de poucos. Além disso todos os menores têm direito de
brincar e fazer atividades recreativas; em suma, têm direito a ser criança”,
conclui Francisco
JCP
Agencia Eclessia
www.radiomigrantes.blogspot.com
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