(Foto: Organização Internacional para Migrações/reprodução redes sociais)
Duas caravanas compostas por mais de 4.000 migrantes partiram esta segunda-feira (26) da cidade mexicana de Tapachula para o município de Huixtla, ambos no estado de Chiapas, para reclamar os seus documentos de trânsito no país.
Ambos os grupos buscam percorrer os 40 quilômetros para que as autoridades migratórias agilizem a entrega de autorizações temporárias que lhes permitam circular no país e, portanto, deixar o estado de Chiapas em direção à fronteira com os Estados Unidos. Os migrantes aguardam há duas semanas a entrega das autorizações em território mexicano.
Segundo o jornal El Nacional, as caravanas são compostas por 600 crianças, 1.200 mulheres e 2.000 homens que iniciaram a viagem ao meio-dia, às quais se juntarão outros 400 migrantes. No início, eles pediram a organizações não governamentais de direitos humanos que os ajudassem com água, já que temperaturas de 35°C são registradas na área.
Alexa, porta-voz do grupo, de origem venezuelana, disse à mídia que eles querem chegar ao seu destino pacificamente. "Não queremos problemas, choveu demais no domingo e temos muitas crianças doentes. Isso é intolerável", disse.
Segundo dados oficiais, o México recebeu um recorde de mais de 58.000 pedidos de refugiados durante o primeiro semestre do ano.
Da mesma forma, o governo mexicano informou no início de junho que até agora este ano havia interceptado 77.626 migrantes, o que representa um aumento de 89,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados mostram um aumento de 71,9% nos menores interceptados, passando de 6.555 de janeiro a março de 2021 para 11.271 no mesmo período deste ano. As principais origens dos migrantes foram da Guatemala (43,1%) e Honduras (42,2%), El Salvador (4,7%), Cuba (3%) e Nicarágua (2,4%).
Da mesma forma, as deportações aumentaram 9,2% ano a ano no primeiro trimestre de 2022, com 26.131 "estrangeiros devolvidos pela autoridade de imigração mexicana", em comparação com 23.940 no mesmo período de 2021. A maioria dos deportados vem da Guatemala, (11.262 migrantes) e em segundo lugar está Honduras, com 11.021 deportações.
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