Os agentes montados da Patrulha de Fronteira agiram de maneira "não profissional" e "insultante" com migrantes haitianos que tentavam entrar nos Estados Unidos em setembro de 2021, mas não os golpearam com rédeas, segundo relatório de investigação divulgado nesta sexta-feira (8).
O caso gerou revolta no país e no exterior. Fotos mostraram guardas de fronteira a cavalo empurrando imigrantes perto da cidade de Del Rio, no Texas, na fronteira com o México.
Em uma das imagens, um policial a cavalo agarrava um homem pela camisa. Em outra, mantinha um grupo à distância, os ameaçando com as rédeas.
"Apesar das aparências iniciais, após cuidadosa revisão e análise de vídeos, fotos e relatos de testemunhas", os investigadores não encontraram "nenhuma prova de que os agentes da patrulha de fronteira envolvidos neste incidente tenham atingido alguém com suas rédeas, intencionalmente ou não", disse Chris Magnus, chefe da Patrulha de Fronteira, em coletiva de imprensa.
No entanto, "um agente agiu de maneira pouco profissional ao gritar comentários insultantes e ofensivos sobre a origem" de um migrante, acrescentou.
"O mesmo agente agiu de maneira perigosa ao obrigar seu cavalo a manobrar muito perto de um menino pequeno", disse ao apresentar os resultados da investigação.
E citou outros erros: vários agentes tentaram fazer com que os migrantes retrocedessem até o rio entre México e Estados Unidos, e as unidades montadas mobilizadas não foram suficientemente treinadas e coordenadas.
Um procedimento disciplinar está em andamento, acrescentou.
O presidente americano, Joe Biden, disse que haveria "consequências" para os policias envolvidos e classificou seu comportamento como "escandaloso". Acrescentou que é "horrível" que "tratem pessoas desta maneira".
Naquele momento, milhares de migrantes, a maioria haitiano, estavam acampados na área há dias com a esperança de ser aceitos nos Estados Unidos.
* AFP
www.miguelimigrante.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário