A Jordânia abriga 675 mil refugiados registrados da Síria, que começaram a fugir em 2011, quando eclodiu a guerra civil, causando terrível sofrimento, morte e destruição econômica. A maioria dos refugiados sírios na Jordânia vive em cidades e vilarejos entre as comunidades locais. Apenas 17% ocupam dois dos principais campos de refugiados, Za’atari e Azraq. Hoje faz dez anos que o campo de Za’atari abriu suas portas para 80 mil sírios deslocados.
A pobreza agora afeta um número crescente de moradores que enfrentam um futuro incerto, disse a agência de refugiados da ONU, ACNUR, nesta sexta-feira (29).
“Com o aumento dos preços dos alimentos em todo o mundo, muitas famílias de refugiados estão lutando para atender suas necessidades básicas diariamente ”, disse Dominik Bartsch, representante do ACNUR em Amã.
“É claro que há assistência alimentar fornecida, mas, em geral, a renda das famílias está diminuindo rapidamente e estamos vendo o nível de pobreza aumentar no campo”.
Mais de 20 mil nascimentos foram registrados no campo de Za’atari desde sua abertura, observou Bartsch, antes de apontar para as “ oportunidades limitadas para as muitas crianças que nascem no campo e não viram outros arredores além do próprio campo”.
Creditando o campo por “salvar milhares de vidas e fornecer trabalho e oportunidades ” para jordanianos e sírios, o funcionário da agência de refugiados da ONU alertou que a situação não era sustentável , com seus abrigos temporários castigados pelo clima mostrando cada vez mais suas limitações.
“As caravanas, que substituíram as barracas em 2013, têm uma vida útil normal de seis a oito anos, o que significa que a maioria delas agora precisa de reparos urgentes… Só em 2021, mais de 7.000 refugiados solicitaram apoio para manutenção, pois telhados e janelas racharam e paredes deformaram, deixando alguns moradores expostos às intempéries”, explicou.
O apoio humanitário aos refugiados no campo é liderado pelo governo jordaniano e pelo ACNUR, que tem quase 1.200 funcionários de 32 organizações internacionais e jordanianas que trabalham lá.
horacampinas
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