sábado, 15 de julho de 2023

Evento promove a integração socioeconômica de pessoas refugiadas afegãs no Brasil

 

O Representante Adjunto do ACNUR no Brasil, Oscar Pineiro, apresenta os perfis das pessoas refugiadas afegãs em São Paulo, em 13 de julho de 2023. ©ACNUR/Guilherme Caruso

 Além de oferecer assistência humanitária às pessoas refugiadas do Afeganistão que têm chegado ao Brasil em busca de proteção internacional, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) também busca promover soluções efetivas e de longo prazo que permitam a elas reconstruírem suas vidas com dignidade no país, apoiando seu processo de aprendizado do idioma local, abrigamento, acesso a serviços públicos, integração local e socioeconômica.

Nesse contexto, o Fórum Empresas com Refugiados, a Câmara Americana de Comércio (AMCHAM) e o ACNUR realizaram, nesta quinta-feira (13), o evento “Como sua empresa pode promover a integração de pessoas refugiadas afegãs no Brasil”. Representantes do setor privado participaram do encontro, cujo objetivo foi sensibilizar e engajar empresas para a integração dessa população no mercado de trabalho e buscar novas formas de contribuição a partir da perspectiva empresarial.

O Estado brasileiro reconhece a situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no Afeganistão, permitindo que as pessoas afetadas tenham procedimento facilitado de reconhecimento da condição de refugiado, e garante sua entrada segura no território nacional. Para o Representante Adjunto do ACNUR no Brasil, Oscar Sanchez Pineiro, isso mostra que “o Brasil tem uma postura progressista em relação à proteção internacional das pessoas que fogem dos conflitos no mundo, fornecendo vistos humanitários para aqueles que necessitam, garantindo seus direitos e acesso à proteção.”

Durante o evento, o ACNUR apresentou os perfis das pessoas refugiadas afegãs, muitas das quais com alta especialização acadêmica e anos de experiência no mercado de trabalho, e as medidas que as empresas podem adotar para contratar e integrar essas pessoas, apoiando a viabilização de respostas mais abrangentes e assertivas.

Entre as maneiras de auxiliar na contratação das pessoas refugiadas, o setor privado pode realizar processos seletivos especiais em inglês e se sensibilizar com as histórias das pessoas para a criação de oportunidades em que elas se encaixem.

Ao fim do evento, a refugiada afegã Fatima, há nove meses no país, elogiou o acolhimento brasileiro e compartilhou um pouco de sua história: “As pessoas aqui são muito simpáticas e gentis. Já faz três meses que trabalho como auxiliar administrativa no Hospital Albert Einstein e agora moro na minha casa com minha família – e estou feliz”.

O hospital conheceu Fatima por meio da ONG Estou Refugiado, parceira do ACNUR, e decidiu oferecer uma vaga após saber de sua excelente qualificação profissional.

“O setor privado pode desempenhar um papel fundamental em prol da inclusão das pessoas refugiadas no Brasil, por meio não apenas de contratação, como também de oferta de capacitação, mobilização de parceiros e financiamento de iniciativas”, conclui Pineiro.

O ACNUR tem liderado a resposta humanitária aos afegãos no Brasil, propiciando formações, financiamento de abrigos temporários e de profissionais, assim como fornecendo acesso à informação acurada e de ajuda financeira específica para que essa população possa tomar decisões com base em seus reais interesses. Para saber mais sobre os dados e perfil desta população, acesse a página www.acnur.org.br/afeganistao.

Acnur

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