sexta-feira, 13 de março de 2020

100 dias de Comissão Europeia - o pacto sobre migração

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A crise na fronteira greco-turco volta a testar o equilíbrio entre segurança nas fronteiras da União Europeia e respeito pela lei internacional sobre acolhimento de requerentes de asilo. Este é o dilema e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu que deve apresentar, rapidamente, uma proposta aos 27 países.
"Quando comecei a trabalhar, há 100 dias, havia muitas, muitas questões diferentes e muitos problemas difíceis na agenda. Mas o acordo sobre migração entre a União Europeia a Turquia não tinha sido posto em causa. Em todos os meus discursos tenho dito que a migração é uma questão que estará sempre presente, que não desaparecerá, pelo que precisamos de encontrar soluções sustentáveis", disse Ursula von der Leyen, na segunda-feira, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
O acordo de 2016 com a Turquia para conter a entrada de pessoas na União é para manter, disse von der leyen depois de reunir com o presidente Recep Tayyp Erdogan, esta segunda-feira. Mas para Dimitrios Papadimoulis, um dos vice-presidentes do Parlamento Europeu, tal significa manter uma política falhada.
"Há muita conversa fiada, mas faltam resultados. Falta-nos uma proposta de política europeia comum de asilo, falta uma efetiva solidariedade para com a Grécia. Em vez disso apoiamos o presidente turco Erdogan que a União Europeia subcontratou para resolver a crise dos refugiados", afirmou Papadimoulis, que é eurodeputado grego da esquerda radical.

The EU Pact on Migration and Asylum provides an opportunity to choose another direction for the EU and stop the steady legitimization and justification of an undermining of rights for refugees and migrants, and for those who support and assist them.https://drc.ngo/news/new-pact-new-direction 

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Reforço da Frontex
Além da guerra na Síria e noutros pontos do Médio Oriente, muitos refugiados e migrantes económicos partem de África e esse continente vai ser alvo de uma nova cooperação reforçada.
À falta de plano sobre redistribuição das pessoas que chegam à União - com a exceção de alguns menores desacompanhados -, a aposta tem sido no reforço do controlo fronteiriço.
"Penso que quem quer que duvidasse da necessidade de mais dez mil guardas fronteiriços ficou convencido com o que aconteceu nos últimos dias, que revelaram bem essa necessidade. Se há algo que ficou claro é que, para salvaguardar a integridade de espaço Schengen de livre circulação, é fundamental proteger as fronteiras externas da União. Apenas a Frontex pode fazê-lo com a ajuda dos Estados-membros e penso que essa agência deve continuar a merecer especial atenção no futuro, ao nível de maior financiamento e de outros recursos adicionais", defendeu Roberta Metsola, eurodeputada maltesa de centro-direita.
A Comissão Euopeia promete apresentar o novo Pacto Europeu para a Migração depois da Páscoa, para dar maiores oportunidades de asilo aos que cumprem os critérios e que acelere o regresso a casa dos restantes.
Euronews
www.miguelimigrante.blogspot.com

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