quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

EUA retoma deportações para a Guatemala após mais de 40 mil expulsões em 2022

Migrante aguarda sentado no chão para ser processado pela Patrulha de Fronteiras americana, em após entrar no país em El Paso, Texas, em de dezembro de 2022 afp_tickers

Três voos com um total de 255 guatemaltecos marcaram, nesta quarta-feira (4), a retomada das deportações dos Estados Unidos em 2023, após os 40.713 expulsos no ano passado terem dobrado a cifra de 2021, informou a Migração da Guatemala.

O primeiro grupo, proveniente da cidade de Harlingen, no Texas, foi recebido no Centro de Recepção de Retornados na capital do país centro-americano, disse a jornalistas a porta-voz do Instituto Guatemalteco de Migração, Alejandra Mena. Segundo ela, eram 57 homens, 29 mulheres e um menor de 18 anos.

Momentos depois, chegou o segundo voo, procedente da cidade de McAllen, também no Texas, composto por 84 guatemaltecos: um homem, 37 mulheres e 46 menores de idade.

Mais tarde, o terceiro e último voo do dia chegou de Alexandria, estado de Luisiana, com 84 pessoas: 78 homens e 6 mulheres.

Os Estados Unidos expulsaram no ano passado 40.713 guatemaltecos - 21.951 homens, 10.853 mulheres e os demais, menores de idade. Esse número supera amplamente os 17.806 deportados em 2021 - 9.480 homens, 4.533 mulheres e o restante, menores.

Em 2019, houve nos EUA 54.599 deportações de cidadãos da Guatemala, até agora o recorde, de acordo com as estatísticas do Instituto de Migração.

Milhares de guatemaltecos migram todo ano de forma irregular para os Estados Unidos com o objetivo de escapar da pobreza que afeta quase 60% da população de 17 milhões de habitantes, segundo dados oficiais.

A chancelaria calcula que cerca de 2,7 milhões de guatemaltecos vivam nos EUA, mas apenas 400 mil possuem documentos para trabalhar.

A contribuição das remessas familiares é essencial para a economia da Guatemala. Entre janeiro e novembro de 2022, ultrapassaram os 16,4 bilhões de dólares, acima do valor de todas as exportações do país, que somaram cerca de US$ 13,2 bilhões entre janeiro e outubro, de acordo com o Banco da Guatemala.

swissinfo.ch

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