A Prefeitura de São Paulo lançou nessa sexta-feira (2) o Mapeamento Colaborativo 2022. A iniciativa é da Coordenação de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, com o apoio da Organização Internacional para Migrações (OIM), que faz parte do Sistema das Nações Unidas. Coletivos, associações, organizações e pessoas migrantes podem inscrever suas iniciativas nas áreas indicadas, preenchendo um relatório até dia 30.
As informações levantadas irão compor uma página na internet que estará à disposição da população, onde poderão ser encontradas iniciativas de migrantes como feiras culturais ou artesanais, grupos artísticos, acadêmicos, coletivos, associações de/ou para migrantes, programas de rádio, televisão, imprensa ou mídias sociais com conteúdo sobre migrações e até mesmo restaurantes, serviços de entregas de comida ou de bebidas.
O intuito do Mapeamento Colaborativo é reunir todas essas informações que, além da prestação de serviço, também podem ser utilizadas, segundo o coordenador de Políticas para Imigrantes, Bryan Rodas, para qualificar essa diversidade e riqueza gerada pela população migrante.
“O objetivo não é só o de reunir informações da rede de migração da cidade de São Paulo, mas de construir esse banco de dados com a participação dos próprios agentes que desenvolvem as iniciativas, que podem ser utilizadas por todos aqueles interessados no tema migratório e pela própria comunidade migrante”, explica Bryan Rodas. Para ele, será possível, entre outras ações, elaborar um mapa cultural de iniciativas da comunidade de migrantes. Festas como a Alasitas, por exemplo, que é promovida no início do ano pela comunidade boliviana no Parque D. Pedro I reúne, em todas as edições, uma média de 30 mil pessoas, com comidas típicas e artesanato.
Mais informações
O Mapeamento Colaborativo vem sendo desenvolvido desde 2015, mas essa é a primeira vez que pretende reunir tantas informações em uma só edição. Já foi utilizado para levantar o número de cursos presenciais e on-line de Língua Portuguesa oferecidos aos migrantes na cidade de São Paulo, por ocasião do período de isolamento da pandemia, que provocou a paralisação das aulas presenciais do programa Portas Abertas – Português para Imigrantes. O programa, iniciativa da Coordenação em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, oferece o curso do idioma em 11 escolas da rede pública municipal.
O mapeamento tem respaldo da lei que determina o livre acesso à informação para as comunidades migrantes na cidade de São Paulo. O último levantamento do Migracidades, uma plataforma de diagnósticos sobre migração da OIM, de 2021, aponta que 376.156 migrantes vivem aqui. As principais comunidades são a de bolivianos (27%), chineses (7%) e haitianos (6%).
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