sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Prefeita participa da 1ª Conferência Municipal de Políticas para Migrantes


Na manhã desta terça-feira, 23, a prefeita Margarida Salomão participou da 1ª Conferência Municipal de Políticas para Migrantes em Juiz de Fora, realizada na Casa dos Conselhos. Organizado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) e Aldeias SOS Brasil, o evento debateu propostas para a construção do 1º Plano Estadual de Políticas Públicas para Refugiados, Migrantes, Apátridas e Retornados de Minas Gerais.

Abrindo o encontro, a prefeita Margarida Salomão lembrou que, em Juiz de Fora, todos são “de fora”. “Somos descendentes de portugueses, africanos, alemães, italianos e sírio-libaneses, como é o meu caso. Nossa cidade sempre recebeu muitos migrantes. Por isso, precisamos pensar esta questão de forma democrática e intersetorial, mobilizando Saúde, Assistência Social, Cultura, entre outras áreas. Trata-se de uma pauta humana, que deve ser encarada de forma inteira e não fracionada”.

Na sequência, o secretário da SEDH, Biel Rocha, ressaltou que a intenção da conferência é estimular a participação de refugiados, migrantes, apátridas, retornados e entidades parceiras da sociedade civil na construção de políticas que atendam este público-alvo. “Hoje, debatemos as oportunidades, prioridades e desafios que temos pela frente. Estes dados serão avaliados e servirão como base para um plano integrado. Já no dia sete de dezembro, a prefeita irá assinar um decreto para instituir o comitê responsável pela elaboração deste plano”, afirmou.

“Historicamente, Juiz de Fora sempre foi um município com grande fluxo de pessoas, em virtude da sua proximidade com o Rio de Janeiro e outras capitais. Daí a importância da cidade na construção de uma política migratória para Minas Gerais. O encontro de hoje foi uma oportunidade de ouvir o outro e, com certeza, também será o primeiro passo para fazer daqui um lugar melhor”, contou Alexandre Norberto Canuto, coordenador do Núcleo de Apoio ao Migrante e de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais.

Venezuelano residente em Juiz de Fora há quatro anos, Alberto Farias, chegou ao Brasil em 2016, sendo acolhido inicialmente em Roraima, através do Programa de Interiorização do Governo Federal. “Deixei a Venezuela por causa da expropriação dos açougues que tinha com minha mãe. Morei no Amazonas e depois segui para Juiz de Fora, onde recebi um tratamento muito acolhedor, diferente do que ocorreu no Norte. Hoje, sou feliz aqui: trabalho na Regional Leste da Cesama, curso Comunicação Social na UFJF e me dedico também aos concursos públicos, uma área que ainda carrega certa xenofobia com quem não é brasileiro ou português”, declarou.

O evento também fez parte das ações do Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo de Minas Gerais (Comitrate). O comitê atua junto ao Governo de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), na elaboração do 1º Plano Estadual de Políticas Públicas para Refugiados, Migrantes, Apátridas e Retornados de Minas Gerais.

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