Com a ajuda de sua mãe, a pequena Dorca, aluna Warao,
prepara-se para ir ao Centro Municipal de Educação Infantil, em Manaus. Foto:
ACNUR/João Paulo Machado
A Organização Internacional para as Migrações (OIM)
lançou na quinta-feira (21) estudo com diagnóstico da migração de indígenas da
Venezuela para a cidade de Manaus, no Amazonas, avaliando alcances e limites
das políticas públicas existentes e explorando possíveis alternativas de médio
e longo prazo para seu aprimoramento.
A pesquisa, financiada pela OIM, foi realizada pelo Grupo
de Estudos Migratórios da Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM),
sob a liderança do antropólogo Sidney Antônio da Silva, e contou com o apoio do
Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), que é uma parceria entre o
Ministério do Trabalho e a Universidade de Brasília.
Durante a pesquisa, a equipe da UFAM mapeou as principais
formas de acolhimento institucional, entrevistou indígenas e gestores públicos,
realizou oficinas com autoridades estaduais e municipais e elaborou sugestões
nas áreas de documentação, geração de renda, saúde, educação, moradia e
cultura.
Em uma de suas principais conclusões, a investigação
aponta para o surgimento de um campo de circulação migratório indígena entre
Venezuela e Brasil, marcado pela passagem por múltiplas localidades, com
estadias curtas ou prolongadas.
A constituição do campo de circulação, caracterizado por
movimentos constantes e, às vezes, pendulares, foge as categorizações
tradicionalmente empregadas na gestão migratória.
A publicação do diagnóstico sobre as políticas públicas
para indígenas vindos da Venezuela, na cidade de Manaus, é a segunda realizada
pela OIM, que recentemente divulgou pesquisa sobre os aspectos jurídicos da
migração indígena com estudo de campo em Roraima.
Onu
www.miguelimigrante.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário