sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Muros? A Europa já gastou 500 milhões.

Donald Trump assinou o decreto para a construção do muro em toda a fronteira entre os EUA e o México. No Velho Continente, cresce a avalancha de críticas, indignação, estupor. Mas países europeus já construíram ou estão a erguer barreiras anti-imigração que representam 40% do muro sonhado pelo novo inquilino da Casa Branca

As contas são da agência Reuters e os cálculos foram feitos por baixo: em muros e cercas de arame anti-imigração, erguidos nas suas fronteiras, um número crescente de países europeus já gastou, pelo menos, 500 milhões de euros. Agora que Donald Trump assinou o decreto para a construção do muro em toda a fronteira entre os EUA e o México (o que levou o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, a suspender uma viagem oficial a Washington e a cancelar a reunião que tinha agendada com o homólogo americano), a indignação na Europa irá ao rubro. Mas, entre os muros de cá e o de lá, só há uma diferença: os dos países europeus são pagos pelos respetivos contribuintes; o projetado pelo presidente americano, diz o próprio, é para ser suportado... pelo México.
É de pressupor que Donald Trump olhará com inveja para a rapidez com que países europeus constroem os seus muros e cercas. São já cerca de 1 200 km de barreiras anti-imigrantes, que correspondem a quase 40% do muro que o presidente americano quer levar por diante.
Essas barreiras espalham-se por toda a geografia do Velho Continente: entre a Grécia e a Turquia; entre a Macedônia e a Grécia; entre a Eslovénia e a Croácia; na Hungria, nos seus vários limites fronteiriços; nos enclaves espanhóis em África; em França, no acesso à linha ferroviária do Eurotúnel que conduz ao Reino Unido. E os países balcânicos já se preparam para construir os seus muros, caso a rota dos migrantes se altere e comece a passar por ali.
Visão 
 Edgard Garrido / Reuters
www.miguelimigrante.blogspot.com

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