Novos relatórios revelam mais casos de abusos sexuais a
mulheres e tentativas de suicídio entre menores no centro para imigrantes da
Austrália em Nauru.
Segundo o jornal, os relatórios foram escritos por trabalhadores
da área social dos Connect Settlement Services entre janeiro e março e dão
conta, entre outros casos, da história de uma refugiada que estava numa paragem
de autocarro e foi empurrada para dentro de um veículo e depois violada por
dois homens. A vítima foi aparentemente abandonada noutro local sob a ameaça de
"ser assassinada se contar o que aconteceu", razão pela qual desistiu
de denunciar o caso, segundo indicaram os assistentes sociais que trabalhavam
em Nauru.
"Riscos contínuos e significativos
Os documentos agora analisados pelo jornal alertam para
"os riscos contínuos e significativos" para as crianças e descrevem
como estas queimam os braços com cigarros, tentam saltar de edifícios para pôr
fim à própria vida ou tentam suicidar-se por outros meios.
O mesmo jornal publico, em agosto, mais de dois mil
relatórios que detalham os abusos e traumas infligidos a crianças e mulheres no
centro de Nauru.
Um porta-voz do Ministério da Imigração australiano disse ao
diário que os refugiados que vivem em Nauru são incentivados a denunciar todos
os incidentes à polícia, incluindo os ataques sexuais.
A ONU e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram
estes centros, que estão a ser investigados por um comité do Senado australiano
por alegados abusos sexuais e outras violações.
Muitos dos imigrantes retidos em Nauru e na Papua Nova Guiné
fugiram de conflitos como os do Afeganistão, Darfur, Paquistão, Somália e Síria
e outros escaparam de discriminação como as minorias rohingya, da Birmânia, ou
bidune, da região do Golfo.
Daniel Muñoz - Reuters
www.miguelimigrante.blogspot.com
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