Pesquisadora Francine D. Blau
Um estudo realizado pela
National Academies of Sciences, Engineering e and Medicine a partir de dados
recolhidos ao longo dos últimos 20 anos concluiu que a imigração tem efeitos
positivos na economia a longo prazo. Cerca de 40 milhões de pessoas que vivem
nos EUA nasceram em outros países.
É verdade, entretando, que a primeira geração de imigrantes tira
mais dinheiro dos governos locais, estaduais e federal do que os cidadãos
nativos, especialmente nos níveis municipais e estaduais, devido ao custo de
educação para os filhos dos imigrantes. Mas o relatório descobriu que, quando
adultos, os filhos de imigrantes passam a ser grandes contribuintes para a
economia, ultrapassando como pagadores de impostos não só a geração anterior
como também os nativos.
O relatório da academia de ciências não encontrou fatos que
comprovem uma redução na taxa de empregos de nativos por causa de imigrantes.
Os nativos trabalham menos horas, mas a taxa de desemprego não aumenta. A única
taxa de desemprego que pode aumentar com a presença de novos imigrantes é a dos
imigrantes que os precederam.
É a mesma coisa com os salários. Em dez ou mais anos, a
imigração tem pequeno efeito sobre o salário dos nativos. Os que podem ser mais
afetados negativamente são os imigrantes mais antigos, ou nativos sem diploma
secundário (high school). Em algumas áreas de alta especialização, a imigração
pode até mesmo incrementar os salários. O relatório diz que isso é uma prova de
que os imigrantes com alta especialização podem ser “complementares aos
nativos, especialmente os com alta especialização; com o transbordamento de
capital humano através de interações entrs os trabalhadores; ou com a inovação
trazida pelos imigrantes altamente especializados, aumentando a produtividade
de todos os trabalhadores.”
“O estudo detalhado revelou muitos benefícios advindos da
imigração – como crescimento econômico, inovação e empreendedorismo – com pouco
ou nenhum efeito negativo sobre os salários ou níveis de emprego dos nativos a
longo prazo,” escreveu Francine D. Blau, professora da Cornell University e
chefe da equipe que realizou o estudo. “Nos lugares onde foi detectado um
impacto negativo nos salários, nativos que abandonaram os estudos e imigrantes
mais antigos são os mais prováveis afetados. O panorama fiscal é mais difuso,
com efeitos negativos especialmente mais evidentes em níveis estaduais, onde há
o custo para a educação dos filhos de imigrantes. Mas esses filhos de
imigrantes, em média, tornam-se os mais positivos contribuintes fiscais entre a
população.”
Achei Usa
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