Foto Capa: Sedhast/Arquivo
Para contribuir e oferecer uma assistência melhor aos migrantes que chegam a Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado dispõe de um Centro de Atendimento em Direitos Humanos (CADH), que orienta na busca por empregos, documentos e alojamentos e agora conta com um sistema de cadastro, que vai ajudar na elaboração de políticas públicas.
Os trabalhos de apoio e ajuda ao migrante são feitos pela Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), que no último dia 20 colocou em funcionamento o Sistema de Cadastro de Atendimento dos Migrantes em Mato Grosso do Sul (CADMI/MS).
A intenção é organizar os dados sobre os migrantes que chegam ao Estado, para assim oferecer atendimento de mais qualidade e políticas públicas a estes grupos de diferentes países, tendo informações mais precisas sobre sua nacionalidade, escolaridade, regularização, de onde estão vindo e suas atividades no Estado. Para colocar o sistema no ar foi feito uma parceria com a SGI (Superintendência de Gestão da Informação).
Já os atendimentos continuam sendo feitos no Centro de Atendimento em Direitos Humanos, que fica na Rua Marechal Cândido Mariano, 713, em Campo Grande. A unidade funciona na Coordenadoria de Apoio aos Órgãos (Caorc), que está aberta desde 2016, para que os migrantes recebam a devida orientação e tenho acesso a serviços essenciais no Estado.
Entre os serviços realizados na unidade está o encaminhamento à Polícia Federal, para que migrantes possam emitir a Carteira de Registro Nacional Migratória (CRNM), assim como busca por empregos via Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) e até orientação para ter acesso aos alojamentos em Campo Grande, que são administrados pela prefeitura municipal.
Cursos e qualificação
Para ajudar na qualificação e integração dos migrantes no Estado, a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) desenvolve desde 2017 o programa “UEMS Acolhe”, que oferece curso gratuito de “Português como Língua de Acolhimento” a este público.
A intenção é que os migrantes tenham mais contato com a língua e assim possam se adaptar às atividades e convívio no Estado. “Os cursos tem como foco o público adulto, pois as crianças já são inseridos na rede escolar. O objetivo é que eles tenham mais conhecimento e tornem-se mais independentes para desenvolver suas atividades”, destacou o coordenador do programa, João Fábio Sanches.
O coordenador ressaltou que no último ano os cursos tiveram que ser on-line em função da pandemia, mas que a expectativa é voltar para o modelo presencial a partir do ano que vem. “Este contato direto é importante para eles no aprendizado, muitas vezes os migrantes não têm acesso fácil para internet”.
A intenção é voltar com os cursos em Campo Grande, que conta com quatro polos espalhados pela cidade, assim como nas cidades de Dourados, Nova Andradina, Itaquirai, Corumbá e Cassilândia. “Para participar não se exige grau de escolaridade e o curso é gratuito”, descreveu Sanches.
Leonardo Rocha, Subcom
.pontaporainforma.com.br
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