sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Atividade para migrantes aborda a importância da prevenção e tratamento precoce

Os jovens migrantes atendidos pelo Centro Scalabriano de Promoção do Migrante (Cesprom) de Jundiaí participaram nessa quarta-feira (27) de uma roda de conversa temática sobre o Outubro Rosa e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

A atividade foi uma realização do Conselho Municipal da Juventude (Comjuve), com os apoios das Assessoria de Políticas Públicas para a Igualdade Racial, para as Mulheres e para a Juventude, da Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), e da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS).

Parceira na atividade, a Organização Internacional das Migrações (OIM) – escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para as migrações – enviou representantes para a atividade, que fizeram uma fala de abertura sobre diversidade e os desafios enfrentados pelos migrantes. Na sequência, a enfermeira Erika Pupo da UGPS falou sobre a prevenção à doença tema do Outubro Rosa e orientações sobre como buscar apoio e tratamento na rede.

Julia Mene foi uma das mulheres que participaram da atividade. A haitiana, que está há sete anos no Brasil, chegou há quatro a Jundiaí, onde mora com o marido e dois filhos adolescentes. “Vim para cá em busca de uma oportunidade de vida e, apesar das dificuldades e desafios, aqui eu a encontrei”. Apesar de ter apenas 33 anos, já está consciente sobre a importância do tema. “Procuro apoio médico e compartilho informações com minhas amigas. Cuidar da saúde é muito importante”.

Encontro foi realizado no organização social, que fica localizada na região da Colônia

 A presidente do Comjuve, Nathália Pereira, ressaltou a importância da atividade. “Apesar da baixa incidência nesta faixa etária, o câncer de mama é uma realidade e, por isso, é importante atuarmos na prevenção e identificarmos a realidade para pensarmos as políticas públicas”.

Segundo a assessora de políticas para a Juventude, Letícia Branco, o interesse do migrante por Jundiaí é reflexo da internacionalização do Município. “Temos observado em pesquisas, como as do Observatório da Unicamp, que o número de migrantes vem crescendo, principalmente na faixa dos jovens de 15 a 29 anos. Por isso este encontro enquadra-se nos esforços de Jundiaí de avançar sem deixar ninguém para trás e demonstra a atenção da Prefeitura nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (OSD)”.

Também participaram do encontro o assessor da Igualdade Racial, Jensen Silva; a assessora de cooperação internacional da Unidade de Gestão de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (UGDECT), Ligia Eboli; e representantes da UGPS.

Julia participou da atividade e compartilhou suas histórias com as demais colegas do grupo

Localizado na região da Colônia, o Cesprom atua em diversas frente para o atendimento aos migrantes, como apoio na retirada de documentos, agendamentos para serviços, aulas de Português e Informática, produção de currículo, além de cursos profissionalizantes em diversas áreas, como Manicure, Panificação e Confeitaria, Corte e Costura e outros. Atualmente, o maior contingente de atendidos é de haitianos, venezuelanos e pessoas oriundas de outras nações sulamericanas.

A coordenadora do espaço, a Irmã Maria Cléia Franca, reforçou a importância do tema com um depoimento pessoal. “Já passei pelo câncer de mama e vejo a importância do acesso à informação para que a mulher, por meio do diagnóstico precoce, não tenha que passar pela versão mais complicada e agressiva da doença”.

Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ

www.miguelimigrante.blogspot.com

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