sábado, 18 de setembro de 2021

Direito a salário igual é questão de justiça e responsabilidade para todos

 Este 18 de setembro é o Dia Internacional da Igualdade Salarial. Na celebração da data, as Nações Unidas destacam que devem ser eliminadas os desequilíbrios de gênero nessa questão, aproveitando a oportunidade de recuperação da pandemia.

Para o secretário-geral, a Covid-19 expôs a “grande injustiça da falta de compensação pelo trabalho de criar filhos e tomar conta de pessoas que não podem cuidar de si mesmas, que em grande parte é realizado por mulheres.”

Disparidades 

O líder das Nações Unidas destaca que ao se retirar funções de trabalho do cuidado de saúde da economia formal para o setor doméstico, a pandemia exacerbou disparidades salariais entre homens e mulheres.

Secretário-geral faz apelo por maior determinação pelo fim da discriminação e dos estereótipos de gênero
ONU Mulheres/Piyavit Thongsa-Ard
Secretário-geral faz apelo por maior determinação pelo fim da discriminação e dos estereótipos de gênero

Muitas delas tentam manter empregos remunerados, ao mesmo tempo em que criam os filhos, lidam com a educação online e prestam cuidados a familiares doentes ou vulneráveis ​​sem compensação material.

Para António Guterres, o investimento na economia do cuidado ajuda a diminuir a diferença salarial. O benefício é a criação de empregos sustentáveis, ao mesmo tempo que se permite que mulheres possam participar da força de trabalho remunerada.

A mensagem destaca que profissionais de saúde de sexo feminino estão na linha de frente contra o vírus. Frequentemente, estas ganham menos do que os homens, não têm poder de decisão e são mais expostas à violência e ao assédio.

Filhos

Mesmo com a igualdade de remuneração, as mulheres ganham em média apenas 80 centavos para cada dólar que os homens ganham em trabalho de igual valor. Esse valor é ainda menor para mulheres negras e com filhos.

Mulheres continuam realizando grande parte dos cuidados não remunerados.
Opas
Mulheres continuam realizando grande parte dos cuidados não remunerados.

Para o chefe da ONU, o momento de abordar a pandemia é uma oportunidade de numa geração para estabelecer “um novo contrato social que defenda os direitos humanos das mulheres, incluindo o direito a salário igual”.  

Guterres defende que essa “é uma questão de justiça e uma responsabilidade para todos”. O secretário-geral apela a determinação pelo fim da discriminação e dos estereótipos de gênero, que contribuem para a disparidade salarial. 

Onunews

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