terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Famílias separadas em fronteira processam governo dos EUA por trauma causado

Resultado de imagem para Famílias separadas em fronteira processam governo dos EUA por trauma causado
Várias famílias separadas na fronteira entre Estados Unidos e México no ano passado abriram um processo nesta segunda-feira contra o governo do presidente americano Donald Trump pelo trauma causado por causa da aplicação da política de "tolerância zero" no limite sul do país.
"Estamos apresentando demandas individuais sob a Lei Federal de Processos por Ofensa (FTCA, na sigla em inglês) em nome de seis famílias separadas", disse à Agência Efe a porta-voz do Conselho Americano de Imigração, Maria Frausto.
Entre as pessoas que fazem parte do processo está a guatemalteca Elena, uma mulher de 35 anos que foi separada do seu filho de 12 anos em março de 2018, após atravessar a fronteira no estado do Arizona.
De acordo com o processo judicial, Elena e seu filho Luis tiveram que deixar a Guatemala depois que um grupo ameaçou ambos de morte se o menor não se juntasse a eles.
Elena e Luis passaram dois dias com mais 20 pessoas em um "refrigerador", um quarto com temperaturas muito baixas no qual a Patrulha Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês) mantém detidos os imigrantes que acaba de prender.
Ambos denunciaram que só receberam uma sopa fria para comer e que não havia camas para dormir.
No dia seguinte, as autoridades tiraram Luis do "refrigerador" e o levaram para um centro de detenção em Nova York, a mais de 4 mil quilômetros de distância de sua mãe.
Segundo o relato, Elena e Luis estiveram separados durante 77 dias.
A também guatemalteca Leticia, de 25 anos, foi separada em maio do ano passado de sua filha de cinco anos na fronteira entre Arizona e México.
A denúncia relata como os agentes fronteiriços tiraram a menina dos braços de sua mãe e a levaram.
Após várias mudanças de localização, Leticia e sua filha foram reunidas quatro meses depois em um centro no Texas.
Os casos das famílias de Elena e Leticia são dois dos seis que o Conselho Americano de Imigração, uma organização que luta pelos direitos dos imigrantes nos Estados Unidos, denunciou hoje.
A medida conhecida como "tolerância zero", que o governo de Trump começou a implementar em maio, colocou os pais sob custódia penal e as crianças foram levadas para refúgios financiados com fundos federais supervisionados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
O plano supôs então a separação de quase 3 mil famílias, de acordo com dados oficiais.
Agencia Efe
www.miguelimigrante.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário