sexta-feira, 18 de agosto de 2023

EUA expulsou mais de 145 mil migrantes desde maio

 

foto Wikipedia 

Os Estados Unidos expulsaram mais de 145.000 migrantes desde maio e continuarão "aplicando as leis", alertou um funcionário americano nesta quinta-feira (17).

Em 12 de maio, o governo do presidente Joe Biden revogou uma norma sanitária conhecida como Título 42, que permitia bloquear praticamente todos os migrantes que chegavam sem a documentação necessária para entrar no país.

Ao mesmo tempo, implementou novas regras para a entrada, que na prática restringem o acesso ao asilo, como obrigando os migrantes a marcar uma consulta através de um aplicativo de celular (CBP One) ou a processá-lo nos países por onde transitam.

Aqueles que tentam entrar contornando essas "vias legais" podem ser expulsos por repatriações aceleradas.

"Deportamos mais de 145.000 pessoas desde 12 de maio e continuamos aplicando as leis dos Estados Unidos", afirmou Luis Miranda, subsecretário adjunto de comunicação do Departamento de Segurança Interna (DHS), em uma coletiva de imprensa virtual.

Desde maio, Washington está aplicando o Título 8, uma regra que permite a expulsão com proibição de reentrada por 5 anos e possível processamento judicial.

Para chegarem aos Estados Unidos, a maioria dos migrantes se envolve em travessias perigosas.

Uma parte deles atravessa a selva de Darién, uma região pantanosa entre o Panamá e a Colômbia sem infraestrutura para um fluxo massivo de pessoas.

De acordo com o Departamento de Migração do Panamá, de 1º de janeiro a 8 de agosto, mais de 267.000 pessoas atravessaram Darién.

- "Rumores, mentiras" -

Muitos dos migrantes que atualmente atravessam Darién são "venezuelanos e equatorianos", afirmou Marta Youth, subsecretária adjunta de Estado do Escritório de População, Refugiados e Migração, na mesma coletiva de imprensa.

Miranda atribui parte dessa migração a "rumores" e "mentiras" propagadas nas redes sociais.

"Pelo TikTok e outras redes sociais, eles fazem parecer que atravessar Darién não é tão difícil", diz ele, insistindo que as pessoas "não acreditem no que recebem pelo WhatsApp".

Até 10 de agosto, "mais de 19.000 pessoas se registraram na Colômbia e Guatemala", e na Costa Rica, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) teve acesso "a 4.500 pessoas, das quais mais de 1.300 foram encaminhadas ao programa de refugiados", detalhou Youth.

em.com.br

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