A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo realizaram, nesta segunda-feira (16), a sétima edição do Mutirão de Emprego. A ação, que visa diminuir a distância entre as empresas que precisam contratar e os (as) trabalhadores (as) que estão à procura de uma colocação no mercado ofereceu mais de 10 mil vagas para setores do comércio e serviço.
O Mutirão é uma iniciativa da UGT e do Sindicato dos Comerciários em parceria com entidades sindicais como Padeiros, Sintratel, Sindinstal e Siemaco, que conta com a ajuda das empresas que disponibilizam as vagas e o apoio da prefeitura e o governo do estado.
“Acredito que a pandemia represou muito as vagas, pois empresas fecharam as portas, outras estão abrindo e com isso há esperança de um novo momento para iniciar um processo de contratação”, explicou Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Após dois anos sem o Mutirão presencial, por causa da pandemia de Covid-19, esta ação de 2022 trouxe esperança para as milhares de pessoas desempregadas na cidade se São Paulo, desta forma, a adesão foi grande e muitos candidatos dormiram na fila em busca de uma oportunidade.
Roseli Aparecida Mariano Cavalcante, 57, moradora da zona leste chegou às 19 horas do domingo (15), pernoitou na fila e buscava uma oportunidade na área de limpeza. Desempregada há dois anos, passou por entrevista na empresa Exata e foi contratada para iniciar já nesta terça-feira.
Há três anos desemprega, Roseli Arbolo Pena, 52, que reside em Itaquera compareceu no Mutirão em busca de uma vaga como promotora de venda. “A idade avançada e a minha condução dificulta na hora de uma contratação”, explicou.
Matheus dos Santos, 22, está a procura de uma oportunidade nas áreas de metalurgia ou alimentício, desempregado há um ano o candidato chegou no Sindicato às 06 horas da manhã.
Entre tantas histórias de vida, superação e esperança, já que trabalho é inclusão social e autoestima, para quem está desempregado (a), o Sindicato recebeu três afegãos, dois homens e uma mulher, que não terão seus nomes expostos, mas que chegaram no Brasil há 20 dias. Não falavam português, mas precisavam de trabalho.
Encaminhados para a Secretaria da Mulher do Sindicato, que desenvolve um importante trabalho junto aos imigrantes que chegam em São Paulo, os três passaram por entrevista de emprego, com forte possibilidade de contratação na área de tecnologia e, além disso foram levados para fazer curso de português, gratuito, no programa Educação Sem Fronteiras, Primeiro Instituto, na América Latina, de Educação para Migrantes e Refugiados.
A UGT, em parceria com o Senai e o Senac, disponibilizou cursos de qualificação profissional, foi o que explicou Gilberto Garcia, gerente de operações do Senac, que falou da grande quantidade de cursos gratuitos que a instituição oferece, variando entre áreas administrativas ou saúde, como cuidadores de idosos ou técnico em gastronomia, entre outros.
O mutirão de emprego segue até o dia 20 de maio, das 08hs às 17hs.
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