sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Empresa com atuação em Minas Gerais aposta em inclusão e contrata 21 refugiados

 

aitiano Andy Félix ganhou oportunidade de trabalho em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte

Foto: Belgo Bekaert/Divulgação

Vinte e um refugiados venezuelanos e haitianos - no Brasil em função da crise humanitária nos respectivos países - ganharam um novo recomeço no Brasil. Eles foram contratados para atuar nas plantas da Belgo Bekaert em Contagem e Itaúna, em Minas Gerais, além das cidades de Feira de Santana (BA) e Osasco (SP). A Belgo Bekaert é fruto de parceria entre a ArcelorMittal e a Bekaert.

De acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM), a estimativa é de que 258 milhões de pessoas vivem longe do país que nasceram, vítimas de guerras civis, terrorismo, intolerância religiosa e outras causas. 

Língua, cultura, costumes diferentes e a separação dos familiares e amigos são grandes barreiras enfrentadas pelos refugiados. Para Andy Félix, haitiano que mora há oito anos no Brasil, o principal desafio na adaptação foi o idioma, obstáculo que aos poucos foi sendo superado. ”Fui muito bem recebido por todos da Belgo Bekaert em Contagem. Já passei por outra área. Agora estou na gerência de produção de arames galvanizados”, conta. 

Rosmelys Santaella é venezuelana e atua como operadora de logística na planta industrial em Itaúna. “Estou aprendendo muitas coisas. Sempre trabalhei como cozinheira no meu país. Só tenho a agradecer essa oportunidade”, afirma. Ela chegou sozinha ao Brasil pelo Estado de Roraima em 2015. “A maior dificuldade foi a distância dos meus filhos mas já consegui juntar dinheiro e fui buscá-los”, revela.

O Brasil possui aproximadamente 43 mil refugiados já reconhecidos. Os dados são do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Segundo Ricardo Garcia, CEO da Belgo Bekaert, a iniciativa de dar uma oportunidade de trabalho a refugiados é uma pequena contribuição diante do alto número de pessoas que buscam uma nova vida no país,  mas faz diferença para o futuro dessas pessoas.

“São muito dedicadas ao trabalho e com uma trajetória de lutas e dificuldades. É perceptível a vontade em aprender e recomeçar a vida no Brasil”, destaca.

Um exemplo é o de Eliseo Rivas, venezuelano que tem o cargo de operador de produção na unidade de Feira de Santana. “Essa oportunidade permitiu uma estabilidade econômica e ainda é possível ajudar a minha família que está na Venezuela”, conta.

O Tempo

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