O navio Allan
Kurdi, da organização não-governamental alemã Sea Eye, resgatou 150 migrantes
em duas operações no Mediterrâneo Central, informou esta terça-feira a ONG nas
redes sociais.
Na primeira
operação, que ocorreu na segunda-feira, 68 pessoas foram resgatadas a bordo de
um barco.
A organização
informou que durante a segunda operação, realizada hoje de madrugada, resgatou
82 pessoas que estavam à deriva num barco de madeira e que o navio "Asso
Ventinove", que estava na área, se recusou a salvá-las.
A ONG
explicou que Itália e Malta indicaram à Alemanha, o país cuja bandeira o navio
humanitário ostenta, que não permitirão o desembarque de migrantes devido à
situação da epidemia de covid-19 nos dois países.
Atualmente, o
navio humanitário está a 40 quilómetros da ilha italiana de Lampedusa, à espera
de um porto para desembarcar os migrantes.
No momento, o
Alan Kurdi é o único navio humanitário no Mediterrâneo Central, depois de os navios
de outras ONG se terem retirado após serem forçados pelas autoridades italianas
a manterem um período de 15 dias de isolamento depois de chegarem ao porto com
migrantes resgatados.
O último
desembarque de migrantes na Itália ocorreu em 26 de fevereiro, quando o navio
da ONG alemã Sea Watch, com 194 migrantes, chegou ao porto de Messina, na
Sicília, mas todas as pessoas a bordo tiveram de ficar em quarentena devido à
pandemia da covid-19.
O mesmo
aconteceu com o "Ocean Viking", operado pelas ONG Médicos Sem
Fronteiras (MSF) e pela SOS Mediterranée, que atracou no porto siciliano de
Pozzallo, e as 274 pessoas resgatadas foram isoladas no centro de receção,
enquanto a tripulação completou 15 dias de quarentena na costa desta cidade.
Expresso
www.miguelimigrante.blogsp.com
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