Programa Latinoamerica no Ar- Missão Paz , Radio 9 de Julho Am 1600 Khz Domingo das 16 a 17 h. Miguel Angel Ahumada, Patricia Rivarola
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Crianças e adolescentes estrangeiros fora da escola
Foi realizada uma pesquisa sobre crianças e adolescentes
estrangeiros que não frequentam a escola. O número é surpreendente.
Com alto risco de ficarem marginalizados da sociedade
japonesa não são poucas as crianças e os adolescentes estrangeiros que não
frequentam a escola.
Apesar da constituição japonesa assegurar ensino público e
gratuito para todos, há filhos de trabalhadores que não frequentam nenhuma
escola, nem a do seu país de origem, no seu idioma. A educação no Japão é
considerada um dever do governo e dos pais.
O jornal Mainichi realizou uma pesquisa junto a 100
prefeituras do país, onde há mais estrangeiros residentes. Crianças e
adolescentes na faixa dos 6 aos 14 anos somam 77.500 nessas cidades, sendo que
cerca de 20% estão fora da escola. Ou seja, não se sabe o que fazem 16 mil
deles, divulgou o jornal, no sábado (12).
Cidades que sabem e outras que não investigam
Alguns municípios estão investigando a localização de todas
as crianças que não estão matriculadas em escolas públicas de ensino
fundamental e médio.
No entanto, 40% das cidades pesquisadas pelo Mainichi
Shimbun não verificam a situação dessas crianças que não frequentavam escolas
públicas do primário e ginásio.
Muitos desses municípios explicam: “no caso da nacionalidade
estrangeira, não é um dever, como consta da Constituição, mandar as crianças
para a escola”, portanto, não verificam.
No entanto, a Carta Internacional dos Direitos Humanos
estipula que todas as pessoas têm direito em relação à educação. Além disso, há
muitos casos em que a vida da criança pode ser salva se vai para a escola.
É sabido que muitas das crianças estrangeiras chegam no
Japão, trazidas pelos seus pais, sem conhecerem nada do idioma e da cultura. E
há possibilidade de aumento com a formalização da emenda aprovada no final do
ano passado.
Onde estão e o que fazem
As prefeituras que investigaram os casos das crianças
estrangeiras que não frequentam as escolas públicas japonesas, levantaram:
Ficam em casa mas não vão para a escola
Não se sabe onde se encontram
O registro continua na cidade mas voltou para o país ou a
família se mudou
Frequenta alguma escola particular ou a do seu país de
origem
Embora essas crianças não sejam cidadãs japonesas, sob o que
reza da constituição, elas teriam o mesmo direito. Por isso, cabe também aos
pais ou responsáveis a reflexão sobre o assunto tão importante.
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