quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Organizações que ajudam refugiados pedem aos líderes europeus para parar mortes



A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediram esta quarta-feira aos líderes europeus, reunidos em Bruxelas, que atuem para impedir o aumento de mortes no Mediterrãneo.

 "O tom atual do debate político no qual se descreve a Europa assediada [por imigrantes], não só é de escassa utilidade, como está completamente fora da realidade", segundo uma declaração conjunta dos responsáveis pelas duas maiores agências internacionais que trabalham a favor dos imigrantes. 

Esta tomada de posição surge um dia antes dos líderes europeus abordarem a questão num encontro, em Bruxelas. 

Na Europa, assinalam ainda, as mesmas organizações, está a expandir-se um discurso "tóxico" sobre os imigrantes e refugiados, em especial contra aqueles que chegam em embarcações pelo Mediterrâneo, apesar das entradas na Europa por mar terem diminuído sensivelmente este ano, com exceção de Espanha. 

"Essa narrativa está a gerar medo desnecessário, torna mais difícil que os países trabalhem juntos, e evita que se avance para verdadeiras soluções", segundo os responsáveis da ACNUR, Filippo Grandi, e da OIM, António Vitorino. 

Desde o início de 2018, 1.839 pessoas morreram a tentar atravessar o norte de África até à Europa. 

Em setembro, um em cada oito imigrantes faleceu ou desapareceu no mar. 

O número de chegadas situa-se em 88.736 desde 01 de janeiro, entre as quais 40.598 passaram por Espanha, de acordo com dados da OIM. 

Outras 21.712 pessoas chegaram através de Itália no mesmo período, enquanto que 24.912 fizeram-no pela Grécia, e 525 por Chipre.

Cm
www.miguelimigrante.blogspot.com

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